QUASE MORRIA OU IA PRESA HOJE
Ysolda Cabral
As coisas mais inusitadas acontecem comigo... Hoje, antes das sete, no trajeto casa/trabalho, peguei um engarrafamento desgraçado na Av. Beira Mar, na altura do Parque Dona Lindu. - Ô Parque para tumultuar a vida da gente, meu Deus! Também, construído num local inapropriado e apertado demais para seu tamanho agigantado, só podia dar nisso! Mas o fato é que a situação estava bem difícil, e muito mais para mim que...
· recém saída de uma licença médica, por conta de um tombo que levei dentro de um coletivo, no último dia 10, machucando a minha região lombar, dirigia com certa dificuldade;
· o calor me consumia – havia esquecido de abastecer meu carro e não podia ligar o ar-condicionado, sob pena de minha situação piorar;
· e, como se não bastasse, o cinto de segurança, ao invés de cumprir a sua obrigação de zelar por minha vida, queria era me enforcar, levando-me à exasperação absoluta e a ter que estar me defendendo dele a cada cinco metros percorridos.
Pense numa agonia!
Depois de muita peleja, resolvi dar-lhe uma ‘’chave de braço’’ e ao deixá-lo ali neutralizado, me senti aliviada.
Logo à frente, um policial de trânsito me parou.
- A senhora está sem o cinto de segurança! - Falou, aborrecido. Vai ver que tinha brigado com a namorada, pensei...
- Coloque o cinto, minha senhora! - Mostrei que estava com o cinto, mas por baixo do meu braço, e lhe expliquei as razões: minha escoliose; hérnia de disco; bico de papagaio; o tombo; a licença médica; meus vinte e cinco anos já um tantinho distantes de mim. Enfim...
- Se a senhora não estava em condições de dirigir, porque não ficou em casa?! Esta maneira de colocar o cinto é incorreta e posso multá-la por isso. Coloque-o corretamente! - falou incisivo.
Sem pestanejar, eu lhe disse:
- NÃO!
- Tudo bem! Pode encostar ali mesmo. O carro está apreendido.
Pensei que ele estava brincando e sorri.
- A senhora está achando graça?! Isto é desacato! Posso prendê-la, sabia?
Nossa Senhora, ele falava sério! A ficha caiu. Mais que depressa, coloquei o cinto corretamente. Pedi-lhe desculpas pelas brincadeiras, perguntei se podia prosseguir minha viagem, e ele, sem se dar ao trabalho de responder, balançou a cabeça afirmativamente. Dei partida, fiz-lhe uma careta e fui embora bem depressa. Ainda bem que a essas alturas o trânsito fluía rápido. Olhei pelo retrovisor a tempo de ver um leve sorriso naquela cara amarrada. Menos mal!
Finalmente, cheguei a um posto de gasolina. Ao abrir o capô para o bombeiro colocar água para os limpadores, o radiador estava fervendo e tudo em volta fumaçava. No painel do carro não vi nenhuma luz acessa. "Eu preciso levar o carro pra revisão, urgentemente!", conclui.
Resultado: o motor teve que ser resfriado rapidamente e o radiador foi esvaziado para que a saída de ar fosse fechada corretamente - motivo do super aquecimento, segundo o funcionário do posto, que salvou a minha vida hoje, com toda certeza.
Depois de tudo pronto, consertado e reabastecido, liberou-me para seguir viagem, recomendando-me cuidado. Achei tão bonito!
Agora, escrevendo sobre estes fatos que me aconteceram pela manhã, estou aliviada de não ter sido presa e nem ter morrido. Afinal, tenho uma porção de coisas pra fazer sob o Sol de muitos dias e em noites de Lua cheia a começar de hoje.
Tem ''lual'' logo mais na casa da Tia Maria José, à beira mar da bela Praia de Candeias! Oba!
Depois conto como foi, caso aconteça algum fato interessante, claro!
· recém saída de uma licença médica, por conta de um tombo que levei dentro de um coletivo, no último dia 10, machucando a minha região lombar, dirigia com certa dificuldade;
· o calor me consumia – havia esquecido de abastecer meu carro e não podia ligar o ar-condicionado, sob pena de minha situação piorar;
· e, como se não bastasse, o cinto de segurança, ao invés de cumprir a sua obrigação de zelar por minha vida, queria era me enforcar, levando-me à exasperação absoluta e a ter que estar me defendendo dele a cada cinco metros percorridos.
Pense numa agonia!
Depois de muita peleja, resolvi dar-lhe uma ‘’chave de braço’’ e ao deixá-lo ali neutralizado, me senti aliviada.
Logo à frente, um policial de trânsito me parou.
- A senhora está sem o cinto de segurança! - Falou, aborrecido. Vai ver que tinha brigado com a namorada, pensei...
- Coloque o cinto, minha senhora! - Mostrei que estava com o cinto, mas por baixo do meu braço, e lhe expliquei as razões: minha escoliose; hérnia de disco; bico de papagaio; o tombo; a licença médica; meus vinte e cinco anos já um tantinho distantes de mim. Enfim...
- Se a senhora não estava em condições de dirigir, porque não ficou em casa?! Esta maneira de colocar o cinto é incorreta e posso multá-la por isso. Coloque-o corretamente! - falou incisivo.
Sem pestanejar, eu lhe disse:
- NÃO!
- Tudo bem! Pode encostar ali mesmo. O carro está apreendido.
Pensei que ele estava brincando e sorri.
- A senhora está achando graça?! Isto é desacato! Posso prendê-la, sabia?
Nossa Senhora, ele falava sério! A ficha caiu. Mais que depressa, coloquei o cinto corretamente. Pedi-lhe desculpas pelas brincadeiras, perguntei se podia prosseguir minha viagem, e ele, sem se dar ao trabalho de responder, balançou a cabeça afirmativamente. Dei partida, fiz-lhe uma careta e fui embora bem depressa. Ainda bem que a essas alturas o trânsito fluía rápido. Olhei pelo retrovisor a tempo de ver um leve sorriso naquela cara amarrada. Menos mal!
Finalmente, cheguei a um posto de gasolina. Ao abrir o capô para o bombeiro colocar água para os limpadores, o radiador estava fervendo e tudo em volta fumaçava. No painel do carro não vi nenhuma luz acessa. "Eu preciso levar o carro pra revisão, urgentemente!", conclui.
Resultado: o motor teve que ser resfriado rapidamente e o radiador foi esvaziado para que a saída de ar fosse fechada corretamente - motivo do super aquecimento, segundo o funcionário do posto, que salvou a minha vida hoje, com toda certeza.
Depois de tudo pronto, consertado e reabastecido, liberou-me para seguir viagem, recomendando-me cuidado. Achei tão bonito!
Agora, escrevendo sobre estes fatos que me aconteceram pela manhã, estou aliviada de não ter sido presa e nem ter morrido. Afinal, tenho uma porção de coisas pra fazer sob o Sol de muitos dias e em noites de Lua cheia a começar de hoje.
Tem ''lual'' logo mais na casa da Tia Maria José, à beira mar da bela Praia de Candeias! Oba!
Depois conto como foi, caso aconteça algum fato interessante, claro!