COTIDIANO.

O cotidiano pode assustar a muitos, ninguém gosta de repetição, tanto é assim que se busca diversificar principalmente o dia a dia com lazer variado, se e quando possível. Mas ninguém se livra do cotidiano, mesmo que ele seja de prazeres permanentes, riquezas materiais e satisfação de desejos. Mas mesmo nessa toada da maravilha as atividades se repetem, e conceituam o cotidiano.

E o hábito é segunda natureza, como expressado no acervo shakespeariano.

Como segunda natureza, o cotidiano, o hábito nele costurado, é contraditório, se repete e nos extenua. Toma conta de nosso ser, repete no amanhã as mesmas passagens do hoje e enxerga no futuro mais distante as mesmas imagens que caminham em séquito interminável, procissão do inevitável.

Por vezes é vitória do incolor, do que seja inodoro ou insípido, gastando as reservas dos voos da diferença que a mente pretende fazer e tem asas abortadas.

Pode surgir e surge, como surpresa festiva, o arco-íris na oferta da multiplicidade de cores e o perfume de fragrância desconhecida.

Nestes momentos entregue-se à revolução dos sentidos...

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 18/09/2013
Reeditado em 18/09/2013
Código do texto: T4487553
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