UM PARAÍSO CHAMADO BRASIL

UM PARAÍSO CHAMADO BRASIL

“No fogo sublime da luz eterna, quais pontos sombrios, buscamos a transparência de nossa matéria na purificação da ganga (Substância amorfa e intercelular de tecidos ou órgãos) que nos reveste. Almas endividadas por descuidos e irresponsabilidades, renegando encargos que nossa imprevidência criou quais pesadas e incômodas, costumamos acrescentar mais negrume em nosso redor, ao invés de descarregá-lo”. (Carlos Torres Pastorino).

Dizem que o Jesus do Apocalipse não é o mesmo Jesus dos Evangelhos. Qual seria a diferença entre os dois? Os anjos em que a Bíblia fala com muita constância nada mais são do que espíritos. A sinonímia de espírito – são seres inteligentes que povoam o Universo. Deus – a inteligência suprema causa primeira de todas as coisas. O mundo está repleto de profetas e são estranhos visionários inspirados pelos deuses? Poetas, cuja visão mágica mergulha na noite dos tempos futuros? Hábeis manipuladores das massas a serviço dos poderosos? Todas as épocas, todas as civilizações tiveram seus adivinhos.

Na Antiguidade, eram seres arrebatados pelo entusiasmo, “habitados pelos deuses”, que enunciavam oráculos: a Pítia, em Delfos, a Sibila, em Cumes. Desde o advento do cristianismo, o Apocalipse inspirou a maioria dos textos sagrados. Não seria heresia se afirmássemos que estamos vivendo esta época apocalíptica. A corrupção, a injustiça, as formações de quadrilhas, peculatos, a lavagem de dinheiro, a pobreza, a miséria, a degradação do homem leva o Brasil a essa titularização. “Uma ilha da fantasia”, cercada de corruptos por todos os lados.

A ambição de muitos políticos está transformando o País num arquipélago cuja nominação é “arquipélago do diabo”, onde os demônios dominam a nossa querida nação e os espíritos maus pintam e bordam e ainda brincam com a justiça brasileira. Uma fantástica fuga foi anunciada pela mídia. Foram 22 horas que constrangeu o País internacionalmente e provocou a troca de comando no Itamaraty. Como foi a aventura do embaixador brasileiro e do senador boliviano, que saíram da embaixada em La Paz e atravessaram a fronteira da Bolívia com o Brasil.

À facilidade em que os outros entraram no Brasil, mostra que não temos segurança nem nas fronteiras, onde os grandes produtores de cocaína pintam e bordam e nenhuma solução é dada para tantos deslizes. O então chanceler Antonio Patriota, o embaixador Eduardo Saboia e o senador boliviano Roger Pinto Molina envolveram-se na rumorosa fuga. Um plano alternativo chegou a ser elaborado, na verdade, envolvendo uma operação triangular. Numa primeira etapa, Molina seria levado de avião para o Peru. Depois, seria conduzido ao Brasil.

Segundo nos informa a Revista “Isto É” nos informa, a fuga foi considerada espetacular. O destino era a embaixada brasileira em La Paz até a chegada em Corumbá, no Brasil. A polícia boliviana parou a comitiva e solicitou documentos. Aterrorizado, o senador Roger Pinto pensou em sair correndo a pé do carro. Lembrando que chegou a passar mal no trajeto, Molina conta: “Se eu fosse para um hospital, corria o risco de ser preso. Então decidimos seguir”. A tensão não deixava ninguém cochilar. “Se fossemos detidos ali, seria a morte ou algo parecido”, afirmou o senador.

Quando desces à lama, cuidas em não chafurdar no lodo, pisas com todo o cuidado. Quanto te abaixas para apanhar algo na água empoçada, procurar segurar-te para não caíres na poça. E seguiram o plano: O encarregado de negócios da embaixada brasileira Eduardo Saboia, organizou a fuga, iniciada no dia 23 do mês de agosto passado. Foram usados dois veículos 4x4 Nissan Patrol, a diesel, com placa diplomática. Formada por sete pessoas, a comitiva saiu da embaixada às 15 h em ponto. Para escapar de uma manifestação no bairro de San Francisco, pegaram a rodovia Achocalha para chegar a El Alto. Nessa cidade, Pinto passou mal. À missão quase foi abortada. Esse ato é terrorismo puro. Por que o Brasil recebe de braços abertos pessoas de má índole? Queríamos saber! Continua a ventura de fuga, pois não foi abortada. Às 21 h, após percorrer 348 km, a comitiva chega a Cochabamba, no Chapare, região cocaleira dominada por aliados de Evo e grupos de narcotraficantes.

“Foi à parte mais difícil e perigosa. Se nos pegassem, seria morte certa”, diz Pinto. Sem parar para abastecer ou comer, o grupo segue direto para santa Cruz de La Sierra madrugada adentro. Percorre mais de 470 km, passando por ao menos dois pontos de controle da polícia. São 4h30 da manhã. O dia amanhece e a caravana segue até a fronteira. Às 12h30, chegam a Puerto Quijaro, após vencerem outros 640 km. A tensão aumenta ao pararem num posto da polícia boliviana, que pede documentos. Orientado por Saboia, o motorista do veículo da frente informa tratar-se de uma comitiva diplomática em missão.

No carro de trás, Pinto e o diplomata brasileiro estão preparados para dar ré e fugir. “Pensei em descer do carro e atravessar a fronteira correndo a pé”, revala. Em Corumbá, os agentes da Polícia Federal pedem documentos e cobram mais explicações. Logo são liberados e param num posto de combustível. Os dois veículos já estavam na reserva. “Começamos a rezar. Peguei a “Bíblia”, abri nos Salmos e li”, disse Saboia. Às 4h30 da madrugada do dia 24, um sábado, já em santa Cruz de La Sierra, o comboio fez uma parada técnica para “esticar as pernas”.

Antes e depois, o combinado era seguir caminho de qualquer maneira. Para não perder tempo com refeições, levaram-se garrafas de água mineral, barras de cereais, frutas e biscoitos. Em território brasileiro, buscam hospedagem num hotel local chamado Santa Mônica. São escoltados por agentes federais, autorizados pelo ministro da Justiça. A notícia começa a correr entre as autoridades bolivianas e brasileiras. Pinto telefona para o senador Ricardo Ferraço. O peemedebista providencia um avião particular de um empresário e voa para Corumbá. Às 20 h, um representante do Itamaraty liga para o prefeito de Corumbá, Jorge Duarte (PT), e pede em nome do chanceler Antonio Patriota, que verifique os hotéis da cidade. Após encontrá-lo, acionam um médico para atestar seu estado de saúde. Pinto é diagnosticado com desidratação e arritmia cardíaca e é medicado.

NO aeroporto de Corumbá, Ferraço espera por duas horas, Pinto chega acompanhado dos agentes federais. O senador boliviano e o colega brasileiro embarcam para Brasília, aonde chegam à 1h10 da madrugada. Dali rumam para a mansão do advogado Fernando Tibúrcio, no Lago Norte. Senhores um pinto teve todo esse amparo e toda essa mordomia, imaginem se o homem tivesse o sobre nome de galo, a situação teria sido mais inusitada. Os próprios policiais federais fizeram o Check-in.

Numa medida para evitar a presença de desconhecidos e monitorar o que se passava no quarto do senador. Bloquearam todos os apartamentos daquele andar. Com a fuga para o Brasil do senador boliviana uma crise política entre Brasil e Bolívia é iniciada. Bolivianos querem respostas. Ele está recluso, mas querem a extradição, planos são elaborados - asilo político é estudado e a celeuma continua. Chanceler é demitido e assume Luiz Alberto Figueiredo que defende suas posições agradando á presidenta Dilma Rousseff. O governo brasileiro é tão bonzinho.

Essa frase deve estar na mente do senador boliviano Molina. Ao descobrir que diplomatas brasileiros organizaram um plano que ela havia condenado de forma clara e definitiva, a presidenta Dilma demitiu Antonio Patriota de um cargo que ele conseguia conservar com dificuldades imensas, apesar da vitória inédita representada pela conquista da direção geral da Organização Mundial de Comércio por um candidato brasileiro. O Correio Brasiliense diz: “Fuga do senador não afetará relações com Bolívia, diz chanceler brasileiro Presidente Dilma Rousseff e o presidente boliviano, Evo Morales, concordaram em se reunir em paralelo à cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) pata tratar do caso do senador boliviano Roger Pinto.”. "O episódio do senador não vai alterar as relações do Brasil com a Bolívia", declarou o novo ministro, em entrevista coletiva. Figueiredo substituiu Antonio Patriota, que apresentou sua renúncia ao cargo depois do conturbado episódio.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente boliviano, Evo Morales, concordaram em se reunir em paralelo à cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para tratar do caso do senador boliviano Roger Pinto. O político fugiu da embaixada brasileira em La Paz, onde estava mesmo sem ter obtido um salvo-conduto do governo para deixar o país. "A presidente Dilma manifestou ao presidente Morales seu repúdio ao episódio da fuga do senador Pinto da Bolívia", acrescentou o chanceler até a poucos dias - embaixador do Brasil na ONU.

O ministro confirmou que a Bolívia não pediu "a extradição do senador" Pinto, que permaneceu 15 meses na embaixada de Brasília em La Paz e fugiu para o Brasil por terra, na sexta passada, em um veículo diplomático e protegida por funcionários da embaixada. “Tudo dantes como no quartel de Abrantes”. O interesse político e diplomático está acima de tudo. O Brasil com tais medidas não é mais a “ilha da fantasia”, foi promovido a “Arquipélago dos fugitivos políticos”. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DO PORTAL CEN- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 16/09/2013
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