A FIGUEIRA DA MINHA TERRA

A FIGUEIRA DE MINHA TERRA

Ela continua lá: soberba, altaneira, frondosa e centenária.

Muitos dos seus galhos, já envergados pelo peso de sua existência, e agora amparados por vigas que protegem a seiva que corre em suas veias, mesmo assim ainda se conserva majestosa, embelezando tradicionalmente a nossa Praça XV, ponto central da paradisíaca Florianópolis, minha QUERIDA TERRA NATAL.

É sob sua sombra acolhedora que, diariamente, crianças, jovens, adultos lá estão em seu ponto de encontro: brincando, namorando e dialogando, medindo o tempo que está passando e pensando talvez num futuro quiçá alvissareiro.

Essa é a nossa figueira que guarda entre suas ramagens tantas e tantas histórias que, se pudessem ser traduzidas, seriam verdadeiros relicários de poetas sedentos, por mais uma valiosa rima para suas poesias.

É a sensação de liberdade, de juventude de amor pela natureza que ela, diariamente, tem prestado àqueles que, sentados à sua sombra, procuram e dignificam a alegria de viver.

Décadas se passaram.

Ainda sinto o aroma das flores que enfeitam a pérgula do Jardim Oliveira Belo, na Praça XV, homenageando o saudoso maestro Hélio Teixeira Rosa.

O monumento aos heróis do Paraguai ainda conserva sua beleza e sua imponência, continuando a ser um marco histórico, plantado no coração da cidade.

E assim continua nossa Figueira, emoldurando a querida Praça XV, conservando em suas ramagens, algumas amarelecidas pelo passar dos anos, momentos felizes de nossa existência.

Que doce melodia ela encenava, quando ao sabor do vento sua ramagem balançava sobre a batuta da fantasia, que ao coincidir com o repicar dos sinos da Catedral, era como se ouvíssemos uma orquestra harmoniosa, tocando hinos ao amor.

Gerações e gerações terão sempre em suas lembranças aquela

Relíquia que será guardada, reverenciada com todo o carinho, com todo o afeto, e jamais esquecendo que:

COMO É E SERÁ SEMPRE MAJESTOSA A FIGUEIRA DA MINHA TERRA NATAL.

CURITIBA/2002= Quando florescem os Cafezais

Página do livro da autora : Dinah Lunardelli Salomon

Hanid
Enviado por Hanid em 13/04/2007
Código do texto: T448252
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