Memórias de um velho viajante
Onde um dia meus antepassados tomaram água, hoje tomo um líquido incolor com gosto de cloro.
Onde um dia tomei suco e uma fruta recém tirada do pé, hoje tomo uma bebida de coloração morta com três porcento de polpa de fruta.
Onde uma vez houve animais livres, hoje a zoológicos com os mesmos presos.
Ah, mundo!Teu glorioso passado era cheio de verde, porém hoje há somente o cinza do concreto. Teu céu foi um dia azul, agora, o preto cuspido pelas chaminés não deixa eu ver o brilho das tuas estrelas.
Volte ao teu passado, mundo! Deixa me sentir mais uma vez a sensação de ar puro entrar em meus pulmões, a grama macia tocar os meus pés, os meus ouvidos escutar mais uma vez o cantar alegre dos pássaros.
Espero que um dia meus filhos conheçam o antigo mundo, antes que tudo morra junto com as memórias de um velho viajante.