DECLARAÇÃO PREOCUPANTE

Assistimos ontem, 12 de setembro, a mais uma sessão do STF, sobre o famigerado crime coletivo do mensalão.

O ministro recém nomeado, num aparte, inoportuno, à fala de outro membro do colegiado, declarou com todas as letras “não estar preocupado com a opinião pública e nem com as consequências do seu voto.”

Esse posicionamento é, no mínimo, preocupante porque, se o detentor de um dos mais altos cargos da Nação não está nem aí para as consequências dos seus atos, tudo e qualquer coisa se pode esperar.

O que se discutia na ocasião era a possibilidade de eternizar o julgamento com a nefanda consequência da impunidade.

Aos meus olhos incultos, esse processo deveria ter sido conduzido com o rito sumaríssimo e serem aplicadas as penas máximas para cada um dos crimes que foram cometidos, consciente e sistematicamente, por todos os réus. Portanto, sem atenuantes.

Diante do escore de 5X5, cabe ao Decano da Corte definir o tempo verbal:

- julgado; pretérito perfeito ou

- julgando; gerúndio, o tempo preguiçoso que nada conclui, pois começa no passado, passa pelo presente e se prolonga, indefinidamente, no futuro...

Cabe a ele, portanto, colocar no caso do mensalão, o ponto final (que todos nós contribuintes esperamos) ou a reticência, (que sepultará, de vez, a possibilidade de punição para os criminosos, ladrões da nação brasileira).