VIOLÊNCIA INDISCRIMINADA

VIOLÊNCIA INDISCRIMINADA

Admiramos as grandes metrópoles, suas belezas naturais, suas culturas, mas condenamos a violência. A real situação, a visão da pobreza, tem uma conotação estigmatizada, irreversível, mas a conscientização da visão do pobre abre novos caminhos para uma melhoria e uma pacificação benévola dos territórios urbanos. Os crimes individuais são digeridos pela ordem social, enquanto a subversão tem outra finalidade, ela digere a ordem social. A verdade é que as novas gerações têm causado problemas inalienáveis para as autoridades governamentais, e a polícia. É verdade que devemos agir com simplicidade e espontaneidade, mas a época que vivemos o dizimador desse vetor a violência destrói, aniquila a tão sonhada liberdade que nos é dada pela natureza divina. A maioria dos assaltos tem como viés principal a adolescência, horripilantes são as ações belicosas praticadas por jovens, perdem a noção do senso comum e procura descarregar toda sua destemperança infantil na primeira vítima de suas perniciosas ações deletérias.

“A violência é complexa, polissêmica como a lei que visa fixar um conjunto de normas jurídicas para combatê-las”. A cultura da violência cria raízes na própria família, nas cantigas de ninar, onde a maioria delas contém palavras ou frases de cunho violento. A própria religião nos atemoriza no auge de nossa inocência, aprendemos no velho e surrado catecismo, que existe a figura do inferno com diabo, espeto, fogo nos deixando uma via exposta do medo. Uma situação drástica, um castigo para quem desobedecer às leis de Deus. Os pecadores queimarão no fogo do inferno. A figura do purgatório, lugar das almas penadas, dos que cometeram pecados mais brandos, porém, o Céu somente no juízo final. A globalização é a violência da minoria contra a maioria. Toda cidade é uma fábrica potencial da violência, é uma intensa fábrica de explosivos humanos. Todas às metrópoles têm seus defeitos e suas qualidades, normalmente os defeitos são maioria e devastadores.

A mídia tem sido a maior divulgadora da violência, pouco emprega a paz. O sensacionalismo, o furo, os crimes bárbaros fazem o cotidiano da mídia impressa, falada e televisada. O modus operandis da violência são atos danosos praticados por menores normalmente envolvidos em assaltos, seqüestros, arrombamentos e arrastões. Sabemos que essas crianças são usadas por adultos inescrupulosos, a convivência com o delito transforma-as em inimigo perigoso para a sociedade. É triste afirmar, mas a criança que tem a rua como moradia, jamais irá freqüentar uma escola, pois a educação recebida foi maligna, destruidora e dizimadora. São os verdadeiros meliantes infantis. Somos associados de muitas empresas, batalhadores de muitos combates, irmãos de ideal e de alegria, de aflição e de luta em muitas jornadas da Terra. Ame, tolere, aguarde auxilie e perdoe seis verbos tão simples na formação labial e tão importantes à nossa felicidade! Alicerces demandam segurança. E, por isso, não se justificam decisões apressadas. Devemos nos aliar as autoridades para minorar os problemas, ma não nos arrependeremos, porque os dias se desdobrarão imperturbáveis, repondo cada pessoa no círculo que lhe cabe e cada situação no lugar que lhe é próprio. Estamos reféns de aquários com espaços reduzidos e os meliantes invadindo nosso território e as autoridades de mãos atadas sempre com a desculpa que inexiste verbas. “Tentamos descobrir transparências nos rostos políticos. Perguntamo-nos sobre os sonhos que eles nos fazem sonhar. Mas só temos pesadelos, rostos opacos que obstruem horizontes. O que fazer? A população ansiosa indaga, esperneia e reclama!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 13/04/2007
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