PADRÃO DE FELICIDADE.
Não há padrão de felicidade, mas aspiração de ser feliz que esbarra na relatividade e na subjetividade. Felicidade de uns é o total antagonismo para outros.
Uma padronização possível e enganosa é a riqueza material, posse de bens desejados e poder de compra ilimitado para tudo.
Se fosse uma verdade como padrão pessoas ricas enormemente e célebres não se entregavam à dissipação, às drogas e ao suicídio.
O que é ser feliz como regra? É em princípio estar em paz no entorno de seus carinhos e amores, dos entes queridos todos. Ter o que necessita onde a provação não alcança e poder desfrutar da alegria das amizades verdadeiras. O que suplantar esse ambiente de calma é um “plus”.
A felicidade de meu genro é voar de parapente, do que nem me aproximo. De meu filho alimentar tubarões em profundidades, o que só vejo por filmes. Cada um com sua adrenalina. A minha ouvir zumbir um motor que canta altíssimas rotações ou ver a estatuária de Bernini, Rodin ou telas de Van Gohg, Caravaggio, Dalí ou Vermeer.
A felicidade maior, contudo, é estar sob o sol que rebrilha, poder correr, andar nos parques, ver a maravilha das árvores que entrelaçam galhos seculares e se deleitar com o sorriso e o folguedo das crianças, nestas reside o verdeiro dom de ser feliz, padrão de felicidade exclusivo e único que é filho da inocência.