O SÁBIO.

Quem é ou foi sábio? No meu credo só um personagem terreno. Existem muitos “çábios” que insistem em desensinar. Sócrates considerado sábio não o era. O “SEI QUE NADA SEI” socrático que até hoje ecoa no mundo, reverbera no cosmos e autentica inexistência de sábios. “NADA SEI..” Por quê? Por nada existir no cosmos infinito senão matéria energética e possibilidades, estas em matemática, que tudo explicaria, incorporam o grande enigma. Possibilidades...

Saber é ter certeza, estar diante da evidência no cenáculo da logica.

A relativa sabedoria, chamemos de conhecimento parcial, informação que alguns comuns podem alcançar, sobre fenômenos máximos, vida e morte os principais, não nos é dada plenamente, a ninguém. Alguém ou algo assim determinou, sem razoável identificação, e nem a ciência ou a fé desvendaram. E assim permanecerá, não tenho dúvidas. Esta enigmática possibilidade é segredo inatingível. Desígnios de outras esferas, também desconhecidas, voluntárias ou não.

É preciso tentar descobri-las por nós mesmos, uma motivação infantil de nossa aventura buscadora, mas enriquecedora, colore a vida, é um algo, alguma coisa para nos equilibrarmos nesse fio que balança do nada ao nunca, isso após uma viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer por nós. Somos passageiros exclusivos dessa viagem por vezes tornada em saga, a aventura da curiosidade que não se sacia, quanto mais caminha mais vê a longa estrada que não tem fim.

O fechamento da porta é a eternidade desconhecida e testemunhada pelo tempo armado de metamorfose. Abrem-se cadeados de portas fechadas e outras surgem cada vez mais numerosas, incontáveis.

Viver nossa vida, olhar para nós mesmos, usufruir tudo que temos ofertado pela natureza, pelos dons, pela bondade interior, pelo entes queridos deve ser a meta permanente, nunca as dissipações sociais que nos chegam pela informação, ruinosas e arruinantes, principalmente do compartimento nominado como “política”, altamente tóxica.

Já nos basta a inexorabilidade do “Vale de Lágrimas”. A sabedoria não existe, mas a informação nos faz compreender pouco o “Vale de Lágrimas” onde com tranquilidade se matam crianças, inumeráveis, de fome e de outras formas, violentas.

O agora cobre o passado ou não, com o manto da extinção temporal. Se serviu para ensinar, fiquem os registros de memória, se foram infrutíferos permaneçam no porão a eles destinado.

Mudar é preciso, de meios e modos vários, sempre para melhor, sem a sabedoria que nunca teremos. Por vezes faltam instrumentos e passivos os homens assistem alguns manipularem a instituição, o Estado, por eles criado para regular a sociedade, não para servir a alguns, mas isso ocorre, e muito. Deixemos para os porcos a “lavagem”, vivamos nossos sonhos.

Um personagem, Matrix, coloca no centro de pensar a ideia do futuro, o que é o real.

Em sua visão filosófica abate a negatividade e libera a opção do eleito messiânico. O sonho do amor, o mais justo aliado ao mais belo vence.

A realidade se mescla com ilusão do cotidiano, sem vastas “sabedorias” inexistentes.

“Mais vale sonharmos a nossa vida do que vivê-la, embora vivê-la seja também sonhar.” Proust.

Proust tinha razão.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/09/2013
Reeditado em 18/11/2013
Código do texto: T4477170
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