Dia de cão

Sabe aqueles dias que você acorda com o pé esquerdo?? Então...

Hoje foi um dia mais ou menos assim. Cheguei da facul super atrasada pra ir pro estágio, com muitas coisas pendentes pra resolver antes de ir, dentre elas, imprimir alguns documentos que ia precisar no estágio, mais o meu projeto de TCC.

Na euforia comecei a fazer tudo que precisava de uma só vez, resultado, quando dei por mim, estava imprimindo um rascunho de tcc que não era o original que eu precisava, mas na pressa serviu aquele mesmo, sem contar o fato da minha HP ter quebrado umas três vezes nesse processo de impressão.

Pois bem, quando já estava pronta pra sair, me dei conta que os dois pneus da bicicleta estavam vazios, e que eu não tinha uma prata no bolso, começou então minha busca de moedas pela casa... Enfim achei, e me preparo pra sair de novo.

No meio do caminho me dei conta que esqueci o jaleco (item essencial pra quem faz estágio em hospital), volto eu pra casa atrás do jaleco. Ok, jaleco na mochila e lá vou eu...

Coloquei minha mochila na cestinha. A certa altura, em frente a uma escola rodeada por alunos de todos os lados, o que acontece? Minha cestinha que já estava remendada com um barbante cai levando consigo minha preciosa mochila da JMJ, que eu tanto amo, como eu havia acabado de descer um quebra-molas não houve freio que parasse minha bicicleta e lá sei foi minha mochila sendo comida pelo asfalto, ao som de risadas e muita hostilidade dos alunos que esperavam os portões se abrirem.

Fui ajudada por dois garis que limpavam a calçada, fiquei ali por alguns minutos, remendando minha cestinha com o cadarço enquanto segurava as lagrimas pela mochila perdida. Ao chegar ao centro deixei a bicicleta na garagem e fui ver os estragos da bolsa, estavam piores do que eu imaginava um buraco perto do zíper aliado a muitos arranhões feios.

Continuava eu, cabisbaixa rumo ao hospital, quando encontro uma amiga, cumprimentei-a tristemente, e ela se comoveu com meu incidente, ela tinha acabado de sair do dentista e com a boca anestesiada tentava me consolar: "__ não fica assim amiga, dizia ela". Na verdade tenho pra mim que ela não entendeu muito bem o que eu contava, na verdade nem eu entendia o que ela falava, ela com a boca anestesiada e eu engasgada com as lagrimas.

Por fim chego ao estágio e não encontro minha supervisora, resolvo esperar por ela enquanto minha outra amiga do estágio tenta me consolar: “__Não fica assim, antes a mochila do que você!” me dizia ela.

No fim das contas, encontrei minha supervisora, perdi minha mochila, remendei minha bicicleta, e estou aqui escrevendo essa crônica esquisita enquanto controlo os ataques de riso ao lembrar minha amiga com a boca anestesiada me consolando na rua.