DESCOBERTA

Estou bastante pensativa estes dias.Penso na vida e como viver e na morte como morrer.

Acordo todos os dias as 06hs, com os meus cachorros me chamando para abrir a porta para fazer suas nessecidades fisiológicas, tomo banho, tomo café, dou um beijo no maridão e nos cachorros e vou a luta mais uma vez.

Pego o ônibus da Empresa no mesmo horário, muitas vezes com poucas pessoas, mas as cadeiras ao lado são todos oculpados por bolsas já para ninguém sentar e manter distância do contato físico e verbal, que pena.

A indiferença faz parte da soberba que cada um traz dentro de si.

Ao chegar no trabalho vou a sala que ocupo leio as manchetes dos jornais fico indignada com tanta injustiça, mediocridade, politicagem e passo 8hs do meu dia resolvendo problemas e fazendo o meu trabalho.

Ao retornar a minha humilde residência, brinco com os meus cachorros vou fazer a janta, assistir algum jornal, ver um bom filme e ler algum livro enquanto o sono não chega.

Será que viver é construir rotinas?

É ACREDITAR que a vida é só isso?

É ficar feliz, pois moro em um país em que ter moradia, trabalho e ter o que comer é motivo de ser feliz?

É fazer uma cesta básica e doar para sentir que é uma pessoa nobre e que está fazendo a sua parte?

É colocar grades em casa evitar sair com os amigos por não ter segurança e acreditar que isso é normal.

Enfim, percebi em algumas converssas com amigos que isso é um objetivo de vida para muita gente, mas para mim a realidade é que morremos aos poucos sem nos dar conta da total realidade dos fatos.

Mas tenho uma saída viver e mudar todo o contesto ou morrer aos poucos comendo migalhas de uma sociedade apática.

Alexsandra Figueiredo
Enviado por Alexsandra Figueiredo em 10/09/2013
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