Provadores de vinho.
Por Carlos Sena
O mundo tá cheio de provadores de vinho. Explico: uma das bebidas que mais dá trabalho no mundo é o vinho. Tem um ritual incrivelmente estruturado para desaguar na sua qualidade. Tudo na feitura do vinho é pensado e, qualquer erro, pode ser fatal e compromete a qualidade. Pois bem. Depois do vinho pronto, após imenso ritual, chega o provador de vinho: pega uma pouca dele e prova. E cheira, e degusta, e observa e... Finalmente ele simplesmente aprova ou não. Se não aprovar, todo aquele vinho será jogado fora, literalmente. Ou transformado em vinho de quinta qualidade, de preferencia “doce”, porque a carta de vinhos nobres, no geral, é estabelecida via vinho tinto seco. Pois bem. Os “provadores” de vinho que normalmente no cercam, são aqueles que só nos chegam perto para ver defeitos e, não raro, deseja nos jogar fora. São aqueles que se enquadram no dito popular “é muito bom ser viado com o “C” dos outros”; ou “pimenta no dos outros é refresco”. Isso geralmente acontece em todos os níveis de organização social, quer individual quer coletivo. No coletivo, quando alguém, por exemplo, no serviço público, chega e diz que tudo tá errado, sem sequer, ter procurado saber das dificuldades. Muitas vezes tá tudo certo, mas dizem estar errado porque projetam suas fragilidades interiores nas vulnerabilidades que lhes cercam. No particular, quando amigos ou conhecidos nos querem, literalmente passar pra traz. Provam do nosso “vinho”; privam da nossa intimidade e depois querem nos condenar por coisas que, a rigor, nunca tiveram nem fora nem dentro de si.
A vida é mesma assim e a nós compete não ser uva, nem vinho para qualquer “provador”... Mas, se o “provador” for bom, talvez mereçam “chupar nossas uvas” amassá-las, tritura-las e nos transformar no melhor dos vinhos – daqueles vinhos que nos deixam mais perto de BACO pela sua singularidade enóloga que dispõe.
Por Carlos Sena
O mundo tá cheio de provadores de vinho. Explico: uma das bebidas que mais dá trabalho no mundo é o vinho. Tem um ritual incrivelmente estruturado para desaguar na sua qualidade. Tudo na feitura do vinho é pensado e, qualquer erro, pode ser fatal e compromete a qualidade. Pois bem. Depois do vinho pronto, após imenso ritual, chega o provador de vinho: pega uma pouca dele e prova. E cheira, e degusta, e observa e... Finalmente ele simplesmente aprova ou não. Se não aprovar, todo aquele vinho será jogado fora, literalmente. Ou transformado em vinho de quinta qualidade, de preferencia “doce”, porque a carta de vinhos nobres, no geral, é estabelecida via vinho tinto seco. Pois bem. Os “provadores” de vinho que normalmente no cercam, são aqueles que só nos chegam perto para ver defeitos e, não raro, deseja nos jogar fora. São aqueles que se enquadram no dito popular “é muito bom ser viado com o “C” dos outros”; ou “pimenta no dos outros é refresco”. Isso geralmente acontece em todos os níveis de organização social, quer individual quer coletivo. No coletivo, quando alguém, por exemplo, no serviço público, chega e diz que tudo tá errado, sem sequer, ter procurado saber das dificuldades. Muitas vezes tá tudo certo, mas dizem estar errado porque projetam suas fragilidades interiores nas vulnerabilidades que lhes cercam. No particular, quando amigos ou conhecidos nos querem, literalmente passar pra traz. Provam do nosso “vinho”; privam da nossa intimidade e depois querem nos condenar por coisas que, a rigor, nunca tiveram nem fora nem dentro de si.
A vida é mesma assim e a nós compete não ser uva, nem vinho para qualquer “provador”... Mas, se o “provador” for bom, talvez mereçam “chupar nossas uvas” amassá-las, tritura-las e nos transformar no melhor dos vinhos – daqueles vinhos que nos deixam mais perto de BACO pela sua singularidade enóloga que dispõe.