Independência e cof, cof, cof...!
Independência e cof, cof, cof...!
Independência e cof, cof, cof,..! Eu não sou doido e nem tão corajoso para defender a minha pátria mãe com minha vida. Apesar de lutar, “ma non troppo” um “jiu jitsu” e ter um corpo atlético (vá atrás), não sou esse patriota valente e destemido. Afinal, essa “Mátria” que nunca ergueu sua clava em defesa do seu cidadão, será que merece meu sangue ralo e aguado?
Ó Pátria amada idolatrada...! Essa “Mátria” vive apenas querendo que a olhemos com amor, amor esse pago com preços altos em impostos e descasos administrativos. Salve, salve! Salvem-nos da bancarrota e da miséria que mutila os filhos da corrupção e que amputa, a sangue frio, a esperança no futuro. Mas se o penhor dessa igualdade...! Estamos penhorando bens e promessas numa forma de tentar acompanhar a vida e suas exigências. Compramos o pão que foi regurgitado pelos desmandos e juros exorbitantes e, de quando em vez, passamos margarina para, quem sabe, saborearmos uma visita a classe média (que o antigo disse que levou uma multidão). Mas como alegria de povo (pobre) dura pouco, o pão cai e, sempre, com a manteiga para baixo.
Brasil, um sonho intenso...! Sonhamos com dias melhores e, quem sabe, com uma “Mátria” com um coração materno, onde sempre cabe mais um cidadão. Teus risonhos, lindos campos têm mais flores...! Mas parece que nesse “jardim do Éden” só quem pode passear são aqueles que comem o fruto proibido (corrupção). Ao povo restam, apenas, as sobras de um jardim semeado com suor e lágrimas; não esqueçamos os calos da luta diária.
Verás que um filho teu não foge à luta...! Nessa história, eu estou em outro filme. Eu com minha coragem de leão do mágico de OZ vou para debaixo da cama e rezo ( mesmo sem fé) para que não me encontrem. Mas como eu sou do povo e ao povo restam apenas as batatas, eles sempre hão de me achar. E “aí, ah, meu Deus do céu já me descobriram, aqui”. Mas não pensem que vou gritar independência, na primeira oportunidade eu corro e falo: eu sou brasileiro e não Anderson Silva.
Mário Paternostro