Gestão de Pessoas II: autoridade é importante
No funcionalismo público não adianta crer que as coisas irão acontecer por livre e espotânea vontade. As pessoas, quer queiram quer não queiram, funcionam pela 'chibata'. Onde a obrigação não existe, as coisas deflagram. Cai-se o rendimento e tudo fica como está: estanque. Sem força, sem energia. Ou seja: brigamos com o Positivismo, isto é, com a matemática, com o número, com a quantidade. No entanto, qualidade só caminha onde existe quantidade. Onde existe horário para ser cumprido. Não necessariamente precisamos ser 'estressados', isto é, inteiramente preocupados com o horário. Ou seja: não é bom ser obsessivo. Isto é, ficar preso à numeração, ao papel, ao protocolo. Mas, não dá pra se jogar fora tudo isso, em prol de uma liberdade extasiante. Isso é pensamento de socialista. E socialista, até onde eu sei: nem tomar banho direito, toma. Ou seja: se eles não sabem se lavar, como vão querer dizer algo de revolucionário?! No funcionalismo público, é bem parecido. É gente chata, reclamando de tudo. Em tudo põe defeito. Tudo tá ruim. Resumindo: os funcionários público estão perdidos. Perdidos porque não tem autoridade. Quem é a autoridade deles? O governo? Governo não existe. Governo é invenção social, pra gente não virar macaco de fez e se matar. Governo é a tentativa, impossível, como disse Freud, de fazer a coisa se organizar. Mas não vai se organizar. As cabeças são pensantes, as idéias são boas. O problema, é que na prática, a ordem não existe, porque a autoridade (do Pai) não está presente. Onde o Pai não manda, ou onde ele não existe, nada existirá e bom. Tudo ficará no campo das idéias. Pra não dizer: do delírio.