ABÓBORA
Por vezes, basta a visão de algo tão simples, para nós levar nas asas de lembranças tão especiais.
O carro deslizava pela estrada atapetada, nas duas margens, fazendas brilhavam verdes, parecendo belas esmeraldas.
A paisagem, se mostrava como um maravilhoso quadro criado pelo Grande Escultor do Universo. E daria inveja aos melhores pintores da terra.
Plantações de morangos, mirtilos, amoras, milho, e abóboras, enchiam o cenário, de uma beleza indiscritível.
De repente, me vi menina. Rosto corado pelo sol, sorriso franco, mãos repletas de sementes. Seguia de perto os passos de meu pai, que com a enxada, abria os sulcos na terra macia. Eu, com cuidado, depositava em cada cova, as preciosas sementes.
Adorava, esses momentos especiais, em que eu desfrutava da companhia paterna. Tentava, me esforçar ao máximo, não errar na quantidade de sementes de milho ou abóbora, que tinha que ser depositada em cada buraco.
Meu pai, sempre foi exigente, em todas as tarefas que me dava para fazer. Tudo tinha que ser bem feito. E sentir-me aprovada por ele, era meu grande prêmio.
A alegria de plantar os grãos, somente perdia para a satisfação da hora da colheita. Quando, novamente na companhia de meu pai, suava o dia inteiro, apanhando as espigas gordas de milho, e as douradas abóboras.
A roça ficava um pouquinho distante de nosso imenso quintal, e toda produção, era trazida em carrinhos de mão, para ser guardada em nosso paiol.
O carrinho, conduzido por meu pai, vinha repleto, sempre me perguntava, como ele conseguia transportar tamanho peso. Admirava a disposição física dele. O meu carrinho, vinha mais leve, adequado as minhas forças.
Se fecho os olhos e ouvidos, para o tempo presente, ainda posso ouvir o ranger, daqueles carrinhos, andando devagar, naquela estradinha de terra batida, como a lamuriarem, pelo esforço despendido.
De repente despertei. E, pedi, para parar o carro. Não resisti, fui ver de perto a plantação de abóboras, e as fotografei. Ao olhá-las, pensei que, o sol, generoso, emprestou a cada uma delas, sua cor e calor, sem nada desejar em troca. Só, pelo simples prazer de ser útil.
Num passeio como esse que fiz, pela região rural de Ithaca, repleta de belezas naturais, ou em minhas saudosas lembranças, mais uma vez constatei, que poucas coisas são tão belas como a natureza.
(Imagem: Lenapena- Fazenda em Ithaca)
Por vezes, basta a visão de algo tão simples, para nós levar nas asas de lembranças tão especiais.
O carro deslizava pela estrada atapetada, nas duas margens, fazendas brilhavam verdes, parecendo belas esmeraldas.
A paisagem, se mostrava como um maravilhoso quadro criado pelo Grande Escultor do Universo. E daria inveja aos melhores pintores da terra.
Plantações de morangos, mirtilos, amoras, milho, e abóboras, enchiam o cenário, de uma beleza indiscritível.
De repente, me vi menina. Rosto corado pelo sol, sorriso franco, mãos repletas de sementes. Seguia de perto os passos de meu pai, que com a enxada, abria os sulcos na terra macia. Eu, com cuidado, depositava em cada cova, as preciosas sementes.
Adorava, esses momentos especiais, em que eu desfrutava da companhia paterna. Tentava, me esforçar ao máximo, não errar na quantidade de sementes de milho ou abóbora, que tinha que ser depositada em cada buraco.
Meu pai, sempre foi exigente, em todas as tarefas que me dava para fazer. Tudo tinha que ser bem feito. E sentir-me aprovada por ele, era meu grande prêmio.
A alegria de plantar os grãos, somente perdia para a satisfação da hora da colheita. Quando, novamente na companhia de meu pai, suava o dia inteiro, apanhando as espigas gordas de milho, e as douradas abóboras.
A roça ficava um pouquinho distante de nosso imenso quintal, e toda produção, era trazida em carrinhos de mão, para ser guardada em nosso paiol.
O carrinho, conduzido por meu pai, vinha repleto, sempre me perguntava, como ele conseguia transportar tamanho peso. Admirava a disposição física dele. O meu carrinho, vinha mais leve, adequado as minhas forças.
Se fecho os olhos e ouvidos, para o tempo presente, ainda posso ouvir o ranger, daqueles carrinhos, andando devagar, naquela estradinha de terra batida, como a lamuriarem, pelo esforço despendido.
De repente despertei. E, pedi, para parar o carro. Não resisti, fui ver de perto a plantação de abóboras, e as fotografei. Ao olhá-las, pensei que, o sol, generoso, emprestou a cada uma delas, sua cor e calor, sem nada desejar em troca. Só, pelo simples prazer de ser útil.
Num passeio como esse que fiz, pela região rural de Ithaca, repleta de belezas naturais, ou em minhas saudosas lembranças, mais uma vez constatei, que poucas coisas são tão belas como a natureza.
(Imagem: Lenapena- Fazenda em Ithaca)