LIBERDADE, LIBERDADE, ABRA AS ASAS SOBRE NÓS!
O mês de setembro chegou e, com ele duas datas importantes se firmam: o dia 7 (Independência do Brasil) e o dia 20 (Revolução Farroupilha). Agora me fixo na primeira data e, me ponho a fazer algumas reflexões, quanto ao sentido da independência. Temos liberdade para agir e decidir? Qual nosso papel enquanto agente desta liberdade que garante a independência?
Este 7 de setembro será diferente, pois ainda paira no ar o cheiro das manifestações, que trazem em sua essência a liberdade pelo direito de reivindicar. O sujeito independente que construiu uma massa de conceitos, de bandeiras, de pedidos urgentes, dá sentido a liberdade de reivindicar. Liberdade de pedir respostas das autoridades, de fazer valer seus direitos sem esquecer dos seus deveres. É o “Grito do Ipiranga” contemporâneo, onde o protagonismo se dá por toda uma multidão livre, com traçados claros de quem são e o que querem. Ao mesmo tempo, há uma falta de limites e, a nossa liberdade termina quando começa a liberdade do outro. E em tempos atuais, como se vê um atropelamento na ordem, uma invasão descarada na liberdade do outro. Para, pense, sempre.
O processo de emancipação continua se remodelando, o povo brasileiro vem se descobrindo. Nosso Brasil vem se libertando e se construindo de uma forma diferente, com suas potencialidades evidenciadas e, com certa abertura em tratar questões polêmicas de interesse de todos. Obviamente, que isso ocorre de forma morosa, são passos lentos numa caminhada que exige celeridade, mas que bom que existe o movimento, embora este não esteja acompanhando o andar da sociedade.
Sejamos livres, fazendo escolhas, respeitando as dos outros. Sejamos livres, fazendo nossas escolhas e assumindo as conseqüências produzidas por elas. Sejamos questionadores, seres pensantes. Que possamos ser agentes transformadores, para transformar o ruim no bom, o bom no ótimo... Tarefa árdua, mas não impossível. Aliás, o que é o mundo? Senão um emaranhado de possibilidades? E, lembro dum famoso samba enredo, composto por Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir, que diz: “... Liberdade, liberdade! Abra as asas sobre nós. E que a voz da igualdade, seja sempre a nossa voz”.