"Vamos que...."

“Vamos que...”

“Vamos que vamos “, um cumprimento no lugar de um “olá”, de um “bom dia” ou de um “oi”... Expressão muito usada por mim ao me encontrar com um “ caminhante”, herói das madrugadas no belo calçadão das Praias da Costa/Itapoã, na nossa querida Vila Velha, berço dos ‘Canelas-Verdes”.

“Vamos que vamos!” O ritmo uniforme e cadenciado, cada um num sentido – do sul para o norte ou do norte para o sul -, determinados e perseverantes. Caras conhecidas outras nem tanto... Mas ali, infalíveis, diariamente.

O dia vem raiando, o Sol vem nascendo, seus raios rosados, multicoloridos, a colorir o céu, ainda opaco, cor difusa e, a brilhar sob algumas nuvens, desenhando figuras disformes e fantásticas, com se desejassem por meio delas nos cumprimentar... “Bela manhã!”...

“Vamos que vamos”? Mas que maneira mais gozada de se cumprimentar! Esse “vamos que vamos”, não tem nada a ver com o “vamos que vamos” {gritados nas redes Sociais}, muito na moda hoje em dia das manifestações das ruas, que vêm ocorrendo de forma recorrente no país: o “vamos ver no que vai dá”, parece, tem muito a ver com o “vamos esticar a corda e ver se ela arrebenta e onde”.

O “vamos que vamos” matinal, puro, cidadão, aquele dos “caminhantes das madrugadas”, da nossa querida orla marítima – Praia da Costa/Itapoã/Itaparica -, tem muito a ver com; “que bom te ver”; “ótimo muito bom”; “força, aí”; “que bom cara” ou “que disposição!” Quero ver sim, todos revigorados, sarados física e mentalmente por essas prazerosas caminhadas.

Os raios do lindo Sol já são mais visíveis; brilhantes e dourados a despertar os pássaros praianos, também sabiás, canarinhos de um intenso amarelo, carcarás e os incansáveis pescadores – barcos, baiteiras { agitados remos, a fender as águas } -, saem das praias para o mar ; peixes são fisgados, presos às redes, armadilhas... A vida desperta!

A turma do “vamos que vamos”, alguns, se arriscam a um rápido mergulho no de mar águas mornas-, outros, mais reservados e apressados, correm para as padarias em busca... O pão de cada dia! Pão fresco, para o matinal café...

O “vamos que vamos” matinal, não quer “esticar a corda”, não quer que ela se arrebente... Quer que ela seja o “cabo” seguro que salva, que resgata que, seja o elo que leve ao benquerer de um “bom dia e de “uma boa manhã”..

BNandú set/2013

BNandú
Enviado por BNandú em 06/09/2013
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