DESABAFO DE UM POLICIAL MILITAR DO CEARÁ: A QUE PONTO CHEGAMOS? (Você precisa ler esta crônica)

Na noite de ontem (02/09/2013), assistindo uma reportagem, observei com amiúde atenção o relato de um sargento da polícia militar do Ceará, quando, emocionado, após ver seu companheiro de farda baleado por um meliante, disse: “enquanto não mudarem as leis, nosso trabalho será tão somente de enxugar gelo. Nós colocamos os bandidos na cadeia, porém em pouco tempo estão novamente nas ruas. O policial não pode agir com truculência contra eles, se o fizer, vai pra corregedoria e os Direitos Humanos o perseguem. Os Direitos Humanos vão à casa da família do bandido, mas em 27 anos que estou na polícia, jamais os vi procurarem saber como está a família de um policial ferido ou morto”.

Ao término da entrevista, fiquei a pensar sobre tal afirmação e, confesso que chegou a hora de mudar nossa legislação. O novo código penal brasileiro já está em processo de elaboração e precisa, com a máxima urgência, entrar em vigor e mostrar, sob a égide de uma lei justa, porém firme e implacável para com aquele que a macula, sua força.

Não se pode mais tolerar casos bizarros e estarrecedores, como o de um assaltante profissional de 17 anos, tido pela lei como menor de idade, que tinha como locais de atuação, lojas e postos de gasolinas da grande São Paulo. Dias atrás foi preso e, pasmem, ficará atrás das grades por no máximo três anos, podendo ser contemplado com a redução da pena por bom comportamento.

Quando surpreendido pelos policiais, não esboçou reação, porém, com a tranquilidade que lhe é peculiar, fruto da certeza de que brevemente ganhará as ruas e retornará à vida de crime, não se viu nele preocupação alguma.

Baseado em casos como este, por que proporcionar a indivíduos inescrupulosos que são insensíveis ao arrependimento e nocivos à sociedade, um benefício que resultará na prática de mais crimes e, por conseguinte, prejuízo econômico, moral e físico ao Estado? Não seria o caso de mantê-los na prisão sob o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras até uma total condição de vida social?

Infelizmente essa realidade está longe de ser a nossa, pois o que se vê em nosso sistema prisional é um amontoado de maus elementos, em condições sub-humanas, maquinando estrategicamente os crimes que cometerão quando ganharem a liberdade.

Em vez de uma instituição de reabilitação social, o que verdadeiramente temos é uma fábrica de delinquentes mais perigosos.

A reestruturação dessa instituição deveria se dar a partir de um projeto que os mantivesse ocupados e produtivos, como por exemplo: cursos de capacitação, oficinas das mais diversas e, com parte do lucro das produções, o Estado lhes fornecesse alimentação, roupas, calçados, etc, e a outra parte, depositasse na conta da família, para o sustento da mesma, uma vez que, quem paga as contas do famoso auxílio reclusão, no valor de 971,78 Reais, aprovado pela Portaria nº15, de 10/01/2013, somos nós, os contribuintes. Enquanto isso, o salário mínimo do trabalhador digno de respeito, bem, nem vale a pena falar, de tão vergonhoso que é.

Bandido bom é bandido ocupado atrás das grades e não ocioso em processo de deterioração social.

Que venha o novo código penal brasileiro, mas que venha pra mudar, pois se assim não for, deixe como está, um completo caos, fruto de um país que, por falta de rigor (justo, é claro), sofre com sua frouxidão.

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Sua amizade muito me honrará.

Fique bem e seja feliz.

Um forte abraço deste amigo poeta.

ROGÉRIO RAMOS
Enviado por ROGÉRIO RAMOS em 05/09/2013
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