O futuro do conhecimento...

Por critérios espaciais e economicistas a digitalização em grande escala quer de arquivos quer das bibliotecas é cada vez maior.

Por exemplo, a tendência a curto médio prazo será consultarmos livros nas bibliotecas em computadores e não da maneira tradicional.

A produção material de documentos, de informação de todo e qualquer tipo, tem aumentado de tal maneira que começa a ser insustentável a preservação física de todos esses documentos,de toda essa informação. Pessoalmente considero tal questionável pois a construção de vastos espaços para o armazenamento de tal não seria impossível,logo a questão será mais do foro económico e não só…

Há então que fazer uma selecção entre o que deve ser preservado, há que ter critérios sérios no que toca a essa selecção, critérios que visem não só o momento presente como o futuro, isto é,há que perceber de forma imparcial qual a informação que será relevante para os nossos descendentes, no caso de ser impossível aceder aos registos digitalizados, dado que nada nos garante que as fontes de energia que nos permitem o acesso à informação que preservámos de forma digital esteja disponível no futuro.

O grande problema que se coloca é que, no meu ponto de vista, o que está a definir o que deve ser preservado fisicamente são acima de tudo critérios economicistas e políticos, que ditarão prioritariamente a eliminação de documentos que poderiam dar uma outra visão da história,documentos que são contrários aos poderes que nesta altura comandam o mundo.Restarão assim exemplares físicos de uma história seleccionada, não da história real…Exemplos desta selectividade são vários ao longo da história da civilização, como são prova disso o facto de quem descobriu a América não ter sido Colombo, o mesmo se passando com a Austrália, de quem contribuiu mais para a queda do nazismo terem sido os soviéticos, de quem testou a primeira bomba atómica terem sido os nazis e não os americanos etc,etc,etc…

A história não é nem será o que realmente foi, é aquilo que o homem quer que seja…Afinal George Orwell tinha razão na sua diostopia “1984”que se revela bem real…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 04/09/2013
Reeditado em 04/09/2013
Código do texto: T4466008
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