(ESCÂNDALO NA CÂMARA DISTRITAL) FRANCISCO QUEIROZ: SINÔNIMO DE ÉTICA E MORAL PÚBLICA!

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“Eu sempre falo isso aqui: santo, aqui em Brasília não existe. Da fronteira dos Estados com Distrito Federal, eles não passam para cá". Por si só, a frase do deputado distrital Jorge de Oliveira Zoinho, já causa náusea, repulsa e representa um escárnio contra os poucos parlamentares sérios de Brasília e moradores da Capital Federal que foram ofendidos com o tom de deboche do parlamentar, como eu me senti ofendido como brasileiro, mesmo sem residir na cidade. Ou será que o povo já perdeu a capacidade de se indignar com tamanha idiotice dita por um representante do povo? Talvez seja isso mesmo!

Relembro, com saudosismo, que no início da década de 80, no Amazonas, o deputado estadual por 26 anos militando pelo Movimento Democrático Brasileiro –MDB, e depois PMDB, Francisco Guedes de Queiroz, surpreendeu eleitores e deputados ao anunciar que leiloaria todos os carros opalas pretos, com chapa branca, usados pelos parlamentares estaduais eleitos. Só deixou um carro para o uso da presidência, mas preferia dirigir seu próprio fusca pelas ruas de Manaus, nos deslocamentos que fazia em nome da ALE-Am. A ética, o respeito, o desapego ao poder, fez com que o político, falecido há anos, e se afastasse da presidência da casa e determinasse a abertura de investigação do deputado Costa de Aquino sobre um concurso público realizado pela ALE, se tornasse até hoje uma referência de moral em todos os lugares em que tem citado seu nome.

Diante disso, causa-me náuseas ao ver em programa de televisão que políticos da Câmara Distrital de Brasília, que passou a ter autonomia só a partir da Constituição de 1988 e eleger seus próprios políticos, estão envolvidos em escândalos de alugueis de veículos de pessoas físicas, locadoras fantasmas, além de extorquirem o bolso de todos os contribuintes com valores estratosféricos de ressarcimento de gasolina. O TCU já está investigando o estranho comportamento dos políticos de Brasília, mas tenho dúvidas se isso dará em algum resultado concreto.

Enquanto no Amazonas, os políticos da década de 80 já usavam os seus carros para fins pessoais, em Brasília, o deputado distrital Assis Carvalho, do PT, gastou 50 mil reais com uma locadora que não existe e no local já funcionou uma loja de roupa, uma “lan hause”, uma padaria e um restaurante antes de passar a ser propriedade da senhora e agora pertence a dona de casa Ingrid Oliveira. O parlamentar diz conhecer o dono da empresa, mas “não fiscalizo o endereço”, ressalta.

O deputado Zoinho, chegou ao cúmulo de garantir que não é 100% honesto e também teve o descaramento de usar o nome de Cristo ao afirmar que só Jesus Cristo foi 100% honesto e concluiu: “eu procuro fazer as coisas sempre com transparência...”. Sinceramente, custa-me a acreditar que ele afirma tão tacanha idiotice e ainda que seja um parlamentar eleito. Qual é seu conceito de transparência, deputado? Já não sei o que é mais desonesto: se a cara de pau do deputado Zoinho ou se o povo que o elegeu! O negócio foi tão escandaloso que outro parlamentar chegou a pensar que a verba de gabinete era para construir patrimônio pessoal, como, se essa verba fosse declarada em Imposto de Renda!

Felizmente o membro do Movimento de Combate à Corrupção nas Ruas, Lúcio Big, tomou a iniciativa e denunciou toda essa bandalheira com o dinheiro público às autoridades porque “não precisa esperar a Polícia e nem o TC ou MP para investigar. O cidadão brasileiro tem fartas informações na internet (...) e pode sozinho fazer essas investigações aos órgãos competentes”. Ainda bem!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 03/09/2013
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