A química do poder
Vamos invadir a Síria, consertar o mundo? Afinal de contas, eles estão usando armas químicas, pode haver coisa pior?
As mortes até agora impostas, porém, são válidas? Afinal foram balas simples de armas convencionais. Isso, sim, é permitido. Ou não? Serão válidas as mortes causadas pela fome, pela indiferença e pela ganância dos ricos e poderosos? E os que morrem todos os dias envenenados pelos alimentos considerados normais? E os que morrem em outras partes do mundo, vítimas da violência urbana, da injustiça social? E os que morrem vítimas de regimes políticos brutais? E os que morrem, vítimas de abandono social, ali mesmo, de onde vão sair os aviões que vão atacar a Síria? E os que morrem por causa das religiões que escolheram ou por causa das religiões que não escolheram? O problema não são só as armas químicas, é a química do mundo, a alquimia do poder.
Se o jeito de consertar as coisas é invadir mais um país, todos os países teriam de ser invadidos, atacados. A intervenção seria mundial.
Mas daí, vem uma pergunta sem resposta: Quem sobraria para ser o interventor?
Vamos invadir a Síria, consertar o mundo? Afinal de contas, eles estão usando armas químicas, pode haver coisa pior?
As mortes até agora impostas, porém, são válidas? Afinal foram balas simples de armas convencionais. Isso, sim, é permitido. Ou não? Serão válidas as mortes causadas pela fome, pela indiferença e pela ganância dos ricos e poderosos? E os que morrem todos os dias envenenados pelos alimentos considerados normais? E os que morrem em outras partes do mundo, vítimas da violência urbana, da injustiça social? E os que morrem vítimas de regimes políticos brutais? E os que morrem, vítimas de abandono social, ali mesmo, de onde vão sair os aviões que vão atacar a Síria? E os que morrem por causa das religiões que escolheram ou por causa das religiões que não escolheram? O problema não são só as armas químicas, é a química do mundo, a alquimia do poder.
Se o jeito de consertar as coisas é invadir mais um país, todos os países teriam de ser invadidos, atacados. A intervenção seria mundial.
Mas daí, vem uma pergunta sem resposta: Quem sobraria para ser o interventor?
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