Superar a proteção do Pai: case minha filha!
O mundo mudou. As mulheres hoje escolhem. Antes elas eram escolhidas. Antes, havia alguém que lhes observava, e traçava o objetivo de lhes querer. Nisso havia o lado interessante, mas também havia a injustiça. Do lado do amor, havia aquele que gostava da moça, mas não a tinha ainda em seus braços por não possuir a herança necessária. Iria, portanto, viver descontente, e apaixonado; mas, sem a moça. Era triste. Como o pai da moça não lhe autorizava casar, justificando ele que era por falta da herança financeira e familiar, então sua filha não casava com o pretendido. Na verdade, a versão correta não é bem essa. A versão correta dever-se-ia dizer o seguinte: o pai não liberava a mão da filha, por ciúmes. Mandava na filha, e não aceitava que a mesma fosse despregada de suas rédeas. Ela, perdida, entre o amor do pai e também seu ódio, ficava confusa. Mas, no fundo no fundo, ela bem sabia: havia chegado a hora de amar verdadeiramente um homem. E, não era o rico ou o pobre coitado que interessava, mas alguém em quem realmente ela confiasse. Alguém em quem realmente, ela aceitasse. Alguém, em quem realmente, ela percebesse a vontade e o amor no olhar. Não era a herança que importava. Não era o dinheiro, ou o projeto familiar. Era o amor. E o amor da filha, arrebatador, deveria superar a proteção familiar do Pai.