O CARDEAL DEFENESTRADO.
Em outubro sai do mais importante cargo da Cúria Romana depois do Papa, o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário do Estado do Vaticano. Será substituído pelor Arcebispo Pietro Parolin, venezuelano da linha do Papa Francisco.
Para esse gestor da Cúria que será demitido, Bertone, tudo na eleição papal que ocorreu recentemente seria possível, menos eleger o Cardeal Bergoglio que na última eleição papal, quando eleito Bento XVI, hoje Papa emérito, teve expressiva votação e só não continuou na disputa, quando vendo a grande votação para o seu nome, pediu que não mais votassem nele.
O Cardeal Bergoglio, de Buenos Aires, o homem de hábitos mais que simples que incomodava o estrelato e o fausto da Cúria estava liderando a votação.
Jorge Maria Bergoglio, com quem contava Bertone que se afastasse do cargo cardinalício aos setenta e cinco anos não se afastou, e apesar de todas as investidas feitas por Bertone para que Bergoglio não fosse eleito, ouviu-se na Capela Sistina na quarta e última votação, quando da apuração dos votos, ecoando nas naves sagradas na publicidade do escrutínio,o nome BERGOGLIO, BERGOGLIO, BERGOGLIO...
Oitenta e oito votos para Bergoglio que colocaram Bertone sobressaltado, ou seja, tudo que não queria a Cúria, aquele censor do estágio atual da igreja eleito Papa, o Cardeal de Buenos Aires, o homem que deu as costas às pompas e riquezas dos cardeais agora era o Papa, o homem que sempre criticava essa linha, eleito Papa, e o pior, com uma primeira bofetada na Cúria escolheu o nome nunca escolhido, o nome do Santo da humildade que enfrentou o Papa da época e viu reconhecida a ordem que tinha por fundamento a pobreza e a humildade, Francisco.
Com tudo que Bertone fez para barrar o Cardeal Bergoglio, não conseguiu. Fica autenticado mais uma vez que com todos os impasses e equívocos, que são de ordem humana, CRISTO conduz a Igreja.
Detalhes desses bastidores, surpreendentes, podem ser conhecidos no livro "FRANCISCO, O PAPA DOS HUMILDES" do autor Andreas Englisch, vaticanista com várias obras e best- seller, "O HOMEM QUE NÃO QUERIA SER PAPA". Indico "FRANCISCO, O PAPA DOS HUMILDES" como excelente leitura para se compreender melhor essa instituição tão pouco conhecida, a Igreja Católica.