Estava no grande mercado de Istambul. Caminhei durante uma hora e vi só uma pequena parte da variedade de mercadorias expostas. Fiquei deslumbrada com a beleza da seda pura. Anotei o número da loja. Segui olhado. Encontrei trajes de couro de primeira qualidade - pelica. Pensei: desta vez, vou às compras. Meu acompanhante parou do meu lado e falou baixinho: “aqui vale a pena comprar, é tudo bom e bonito. Acho difícil para ti, porque os turcos só vendem para quem sabe pechinchar, o importante para eles é a arte no negócio”. Encarei. Escolhi um lindo conjunto de pelica e perguntei o preço em dólares. Calculei e comecei a pechincha. O preço começou a baixar, mas eu continuava argumentando, primeiro oitenta dólares. Estava interessante a forma de negociar, mas quando ele chegou nos sessenta dólares o acompanhante cochichou: ‘pára e leva antes que o cara te mande embora. Está muito bom, é barato demais, quando os turcos se incomodam não importam de perder o freguês.’ O moço com cara simpática recebeu o dinheiro, entregou-me o pacote sorrindo. Saímos. O Jacó dava gargalhadas, dizendo: ‘compraste artigo de primeira a preço de banana!
Foste longe demais, até parece turca!’
— Sim, conheci a pechincha.
Ah! Ah! Ah!
Foste longe demais, até parece turca!’
— Sim, conheci a pechincha.
Ah! Ah! Ah!