QUEM SABE, DOMINGO.

Noite calma e fria,

Ele sabia que ela não sabia de nada,

Das madrugadas, pensamentos de calçada,

Sem expressão, apenas impressão,

Porém, importantes para seu ego,

Já combalido pelos anos que passaram,

Só restando a saudade, devaneios da idade,

Avançada, atravancada, ressacada,

Vivendo e vendo apenas o sol nascer,

Com a chegada do dia e a claridade da manhã,

A palidez do entardecer,

As luzes que teimavam em cintilar na obscuridade,

Breves momentos de não se pensar em nada,

Mas, em suas laudas, conhecia tudo,

Todos os mo(vi)mentos daquele amor,

Paixão desenfreada, apenas contida pelo tempo,

Pelo espaço que os separava,

Pelas palavras ainda não ditas.

E pelo Domingo que se aproximava,

Trazendo, quem saberia,

Paz e esperança de dias melhores.

Por: Jaymeofilho.

31/08/2013.

Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 31/08/2013
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