AVOLTOADOS SÂO

Que atordoados costumam ser esses amores proibidos, sempre com um quê para depois, sem se deixar levar, sempre há algo para prender, que a mim não se dirija desse jeito, um amor cheio de intrigas, também não quero um amor marginal cheio de conflitos, pra mim tem de ser do jeito que vier, meio começando, meio acabando, se desenrolando aos pouco sem perceber, com um beijo roubado, sem medo do passado, espíritos exaltados que buscam o viver, contempla o sol e a lua, sorriem mesmo em dias de chuva, recusando o gosto amargo da cerveja, e dizendo ao mundo qual é a causa da pobreza, o amor tem de vim de algum lugar, mas também seria simples demais esperar o coitado do nada brotar, tenho medo desses negócios que não posso explicar, ou do reflexo do espelho que parece me assombrar, quero mais que boas gargalhadas, o bom é usar pijama e ainda pular na cama sem medo de se esborrachar, muitos temem a dor, alguns temem até o amor, confundem com posse ai tudo se vai perdendo, diminuindo ou crescendo, a garganta fica seca por querer espaço, água ou mais um amasso, por que escrevo desse jeito, já nem me acho mais aquele gênio, mas como falávamos sobre o amor seria justo descrever a garota perfeita, e quem sabe construí-la em um quarto secreto com uma passagem por de baixo da prateleira, ou melhor não, jogar com as cartas que tenho, ser mais um em silencio, desse jeito já não via a milênios, um povo que sabe pensar é essencial, é mais que isso, é uma causa nobre, mais que isso, dizem que a luta justifica a morte.