O ORÇAMENTO IMPOSITIVO E O BRASIL DESMORONANDO!

Com tantos problemas sociais ocorrendo no Brasil e graves problemas sociais ocorrendo nas áreas de saúde e segurança pública se registrando no Estado do Rio Grande do Norte, os deputados se uniram para aprovar o “orçamento impositivo” mas que pode ser também chamado de “orçamento corruptivo”, tal a facilidade que os parlamentares terão para direcionar emendas parlamentares à subempreiteiras que geralmente estão envolvidas em denúncias de corrupção por terem mais facilidade para emitir notas fiscais fraudulentas e menos controle sobre o que os parlamentares apresentam em suas prestações de contas das emendas.

Eufóricos, empresários de subempreiteiras comemoraram a aprovação do chamado “orçamento impositivo” em primeiro turno pela Câmara Federal porque lhes facilitará e garantirá sobrevivência a custa dos cofres públicos e, ainda mais, o conluio oficial e eficiente com alguns deputados federais que vivem e sobrevivem só de conchavos com esses “empresários” de beira de estrada que são contrários à Nação porque vivem de perfurar poços artesianos em municípios que nunca são fiscalizados, sobretudo no Nordeste.

Com a destinação obrigatória da execução de emendas parlamentares até o limite global de 1% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, aprovada por 378 votos favoráveis, 48 contrários e 13 abstenções, a Câmara Federal remou contra o que exige o Brasil: a transparência absoluta em todos os atos. Quem vai conferir se um poço artesiano perfurado nos “cafundós do Judas” foi mesmo perfurado?

A Câmara dos Deputados perdeu uma grande oportunidade de aprovar uma PEC criando um “Orçamento da Ética” e com um artigo apenas, poderia se redimir o Poder Legislativo Federal de tantos escândalos que eclodem envolvendo obras que não servem para nada porque foram mal planejadas, aeroportos que nunca funcionam, hospitais que nunca são inaugurados, escolas construídas e que não são abertas à comunidade. O artigo do “Orçamento da Ética, teria só esse artigo: “fica decretado que todos têm a obrigação de cumprir esse orçamento sem interesses escusos e inconfessáveis, respeitando a ética, a moralidade pública e o dinheiro dos contribuintes.”

A PEC é de autoria do deputado Edio Lopes, natural de Presidente Prudente, mas eleito pelo Estado pelo PMDB de Roraima, que iniciou sua carreira política como vereador no município de Mucajaí, em 1989, onde vivia e era um pequeno agricultor na Vila Tamandaré. Depois se elegeu em 1991 a deputado estadual em Roraima, permanecendo por quatro mandatos seguidos, chegando a presidir a Casa. Em 2006, se elegeu para a Câmara Federal, sendo reeleito em 2010. O parlamentar se notabilizou pelas ações buscando o desenvolvimento de ações a voltadas ao desenvolvimento de Roraima, sobretudo na área de piscicultura e no desenvolvimento de agricultura em vários municípios do seu Estado de Roraima.

O parlamentar Edio Lopes tem se destacado de forma atuante desde seu primeiro mandato, é verdade, mas deveria ter mais compromisso com o Brasil porque o orçamento impositivo é tudo o que os empresários desejavam e comemoram para começar a pensar em como repassarão dividendos políticos a alguns poucos parlamentares que não têm qualquer compromisso ético e político com o Brasil. O deputado também é o responsável pela relatoria do projeto que prevê a exploração mineral em terras indígenas.

Edio Lopes, contudo, perdeu uma grande oportunidade de propor projeto pedindo que todos os outros deputados federais que serão beneficiados pelo seu projeto impositivo também tenham ética na aplicação dos recursos de emendas parlamentares e não as direcionem para empreiteiras de cartas marcadas, com as quais garantem suas reeleições, cobrando propinas de muitos deles, por imposição para direcionar os recursos das emendas parlamentares!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 28/08/2013
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