SORRIR É BOM.
Os filósofos, psicólogos e médicos afirmam que o humor é um dos melhores lenitivos para o corpo e o espírito, o que concordo plenamente. Rir faz bem a saúde. Acho de um calor humano excepcional, grupos teatrais de comédia levando um pouco de alegria aos enfermos infantis nos hospitais. Dizem que o humor é a quebra da lógica.
Sou razoavelmente um contador de piadas sobre política, bêbado, animais, pornografia e etc. Carrego uma timidez recheada de complexos quando tenho que participar de eventos sociais. Só fico a vontade quando abrem rodas de piadas, vou contando as leves e se possível as pesadas, facilmente vou me enturmando . Há alguns anos eliminei as piadas preconceituosas, contudo acho engraçado pessoas que brincam com a própria cor e condição de pobre. Pode ser que estão disfarçando complexos. Eu por exemplo faço de minhas tragédias enredo para minhas comédias. Hoje em dia o teatro transforma o terror em terrir. Dizem que a vida é uma piada, então devemos encara-la com humor. Uma pessoa sem humor está fadada a depressão. A dor e o medo não devem ser levados a sério.
Veja o belo exemplo do humorista Geraldo Magela, tornou-se grande atração quando inseriu em seus shows a temática da sua própria condição de cego. É um super artista, vencendo as barreiras do preconceito e afastando pra longe o filão paternalista, deixando de ser mais um coitadinho para encantar grandes plateias com seu seletivo humor Ele tem muito mais visão daqueles que pensam que enxergam muito.
Vamos rir enquanto é tempo.
Para ser coerente com o texto, emendo uma piada:
Era o tempo do regime de exceção, um aparato policial sobe o morro e o cassetete baixa no lombo dos moradores, os policiais diziam “a gente não sabe porque está batendo, mas vocês sabem porque estão apanhando”. Num buteco um papagaio gritava alto---covarde... covarde... covarde!!!... Um policial truculento desfere-lhe um tapa, o papagaio caí num galinheiro. O galo vai todo renitente pro seu lado. O papagaio o adverte: cuidado comigo, sou exilado político!...
Lair Estanislau Alves.