ALÉM DAS ESTRELAS
ALÉM DAS ESTRELAS
Neste mês em seus meados a TV Bandeirante apresentou uma série de reportagens para as quais deu o título de “Quase Morte” em que mostrava pessoas acidentadas que entraram em estado de coma e, quando recuperaram a consciência, e narraram o que tinham visto naquele período em estiveram inconsciente. Acontecimentos misteriosos também aconteceram comigo e nunca tive coragem de narrá-los, pois para as pessoas que contei na hora, acharam que eu estava sonhando. Mas pensem o que quiserem, vou narrar agora que adquiri coragem.
Eu assistia atentamente a um documentário da série “O Universo” pelo History Chanel, quando, repentinamente, tudo escureceu e eu vaguei pelo espaço e vi meu corpo sentado e desmaiado na poltrona. Voltando a mim, senti meu corpo muito quente, quente mesmo, mas não suava. Creio que tudo durou pouco tempo, mas não sei precisar esse tempo. Assustado, perguntei a mim mesmo. O que aconteceu? Você viajou? Você sonhou? Você estava semiacordado ou semidormindo? Não tenho resposta. Imediatamente, medi minha pressão arterial, ela nunca estivera tão bem, simplesmente 12 x 7 e 62 de frequência cardíaca.
Creio que fazia apenas uns três meses, eu estava numa UTI e olhando para o cateter do soro, eu senti que minha visão estava escurecendo e só deu tempo para gritar: “Estou passando mal”.
Quando voltei a mim, eu estava frio e todo suado o suficiente para necessitar a troca de lençóis e minhas roupas pessoais.
Perguntei ao pessoal que me assistia: - Tive uma parada cardíaca?
- Não, foi uma brusca queda de pressão, respondeu a médica de plantão.
- Quanto? Perguntei. Entendi ela dizer 6 x 4.
Neste caso eu “apaguei” totalmente. Foi como voltar de uma anestesia. Não vi e não percebi o que fizeram para eu voltar a mim, mas no caso atual eu me via flutuando entre as estrelas e via meu corpo sentado na poltrona como se estivesse desmaiado. Se eu sonhei, rapidamente, foi um lindo sonho, ultrapassei todos os limites de velocidade, fui mais célere que a velocidade da luz. Se não sonhei, então meu espírito teria se desprendido da matéria? Mas eu também estava na sala e olhava para o meu corpo inerte na poltrona e pensava: “Não posso morrer agora, tenho muito para realizar, portanto, não posso morrer”. Foi quando voltei a mim.
Eu estava tomando uma nova medicação que o urologista me receitara e uma semana após o ocorrido, passei por uma consulta de rotina no cardiologista e contei-lhe o que tinha se passado. Ele leu a bula do medicamento e entre as reações adversas, constatou que o remédio poderia provocar sonolência e concluiu que foi uma breve “pescada”. O urologista também achou que poderia ter sido uma breve cochilada na qual eu ainda não tinha me desligado do que assistia.
As coisas que mais me intrigaram nesse acontecimento, é o fato de eu me ver sentado na poltrona desmaiado e o calor que senti após recobrar totalmente a consciência. O que de fato teria acontecido?
Se algum leitor tiver uma explicação para o ocorrido, por favor, fiquem à vontade para expô-la.
SANTO BRONZATO 28/8/2013.