DIFERENÇAS ENTRE PROFESSOR, EDUCADOR E POLICIAL!
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Embora pareçam ser a mesma coisa, existem diferenças sutis entre as palavras “professor” e “educador”, mas nenhuma delas se confunde com a palavra “policial”, como está tramitando um projeto de Lei que deseja equiparar o trabalho do professor com o de policial, acrescentando-lhe bonificação de “risco de vida” para que o docente passe a trabalhar em áreas de risco.
Hoje, dentro de uma sala de aula, existe alguma área que não seja de risco? Entendo que não! Professor ou docente é a pessoa que ensina uma ciência, técnica ou outro conhecimento para outra pessoa. Como para exercer qualquer outra profissão – menos a de parlamentar -, se exige qualificações acadêmicas e pedagógicas de uma pessoa a fim de lhe dar total segurança e entendimento ao transmitir e ensinar determinada matéria como melhor forma de se fazer entender pelo seu aluno.
Embora seja uma das profissões mais antigas do mundo, tendo em vista que todas as demais profissões – menos a de parlamentar, volto a insistir - dependem dela. Na sua famosa obra “A República”, Platão já alertava para a importância do papel do professor na formação do cidadão.
E agora estão querendo transformar o professor em um policial, atribuindo-lhe risco de vida! É demais! O que falta mesmo é mudar o modelo de educação arcaico e ultrapassado, ainda originário da pós-Revolução Industrial do século XIX, com alguns avanços e muitos atrasos pedagógicos. Se busca melhorar a educação criando cotas para negros, índios e originários de quilombos, mas não se fala nada em mudar o modelo cuspe e giz que se pratica hoje, com matérias desinteressantes, professores desmotivados e, o pior, agora tendo que também ser espancado por alunos deseducados, violentos, usuários de drogas e sempre endemoniados pelos vícios que a sociedade lhes fez ter, com muitos direitos e nenhum dever, com muitos Códigos e nenhuma responsabilidade.
Ah, ia esquecendo: falei que existem diferenças sutis entre professor e educador. Educador vem da palavra latina “educatore”, que significa “aquele que educa, cuida e ensina valores”, ou seja, “a arte de ensinar”. Mas de qualquer forma, nenhuma delas se parece com o sentido semântico ou etimológico da palavra policia que, de forma objetiva, é a atividade de assegurar a segurança para pessoas de bem e, até que se prove ao contrário, o verdadeiro professor é uma pessoa de bem!
Para não dizerem que fui omisso, o termo polícia também está associado aos serviços e agentes do Estado nos quais se delega a autoridade para o exercício dos seus poderes de polícia...Ou será que vão transformar os bravos professores em agentes de polícia, dando-lhes adicional de risco de vida para que morram em nome de um ideal? Se for isso que querem, existe um equívoco porque a carreira de professor não é uma carreira de Estado, infelizmente! Só se também lhe ensinado a arte de atirar e lhe for também concedidos os legítimos poderes de força no âmbito do cumprimento de sua missão de transmitir conhecimentos, saberes, usando uma arma na cintura. Ou vai pelo bem, pela vontade do indivíduo, ou vai pela bala mesmo, já que pretendem transformar pacatos professores em agentes da Lei. É demais!
Caso contrário, sugiro o imediato início das discussões para implantar a “Carta da Terra”, uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século XXI, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica, inclusive no aspecto educacional também. A Carta da Terra busca inspirar todos os povos a um novo sentido de independência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. “É uma visão de esperança e um chamado à ação”, conclui o documento “A Carta da Terra”