As rãs voltam a ter dentes (Uma notícia intrigante)
"Las ranas vuelven a tener dientes.
Un nuevo estudio afirma que las ranas vuelven a tener dientes en la mandíbula inferior, tras 200 millones de años sin ellos. Según los expertos, dicho descubrimiento cuestiona una de las piedras angulares de la teoría evolutiva".
Louis Antoine Marie Joseph Dollo, (07/12/1857 – 19/04/1931), biólogo e paleontólogo franco-belga, é considerado como o primeiro cientista a estudar a possibilidade de haver ou não evolução reversa.
Em começos do século XX ele firmou aquele que viria a ser o axioma chave da chamada teoria de Dollo, também conhecida como lei da irreversibilidade da evolução: “um organismo jamais volta a seu estado anterior”, porque estruturas complexas, depois de perdidas na escala evolutiva, não podem ser recuperadas em sua apresentação original. Isso explicaria o porquê de os seres humanos não mais terem cauda, as tartarugas já não possuírem dentes e as cobras terem perdido suas patas.
Mas isso hoje já não parece ser mais uma certeza completa e absoluta.
A National Geographic (http://www.nationalgeographic.es/noticias/animales/anfibios/rana-dientes) nos dá conta de que pesquisas conduzidas há pouco mais de um ano por pesquisadores da Stone Brook University, de New York, EUA, concluíram que as rãs arborícolas cujo nome científico é ‘Gastrotheca Guentheri’, após 200 milhões de anos voltaram a desenvolver dentes no maxilar inferior. John Wiens, o biólogo que orientou o estudo, disse que, a priori, não se conseguiu identificar nenhuma razão evolutiva que justificasse essa alteração uma vez que essas rãs utilizam apenas a língua para caçar e se alimentar, e não os dentes.
A teoria de Dollo já havia sido posta sob suspeita no começo de 2003, quando a prestigiosa revista Nature referiu em suas páginas o trabalho do filogeneticista norte americano Michael F. Whiting sobre certa classe de insetos que após perder suas asas as haviam recuperado cerca de 50 milhões de anos depois.
Como a contagem do tempo é uma convenção humana, para a natureza 50 milhões de anos ou 200 milhões de anos podem não passar de breves instantes.
Eric Hobsbawm disse, na virada do milênio, que o homem evoluiu mais nos últimos 50 anos do que desde a idade da pedra. Nesse ritmo talvez possamos descobrir mais alguma coisa nos próximos séculos, se não formos acometidos por nenhuma síndrome de evolução reversa.