EJACULAÇÃO PRECOCE E TRAIÇOEIRA
Na agência postal onde trabalhávamos havia uma garota que era o maior xodó de todos os marmanjos dali. Márcia, além de bonita, jeitosa, gostosa, educada, era muito educada, mas sabia sair de uma cantada sem piscar os lindos olhos. Sempre se esquivava dizendo que não tinha namorado, só paqueras. Por onde andava era cobiçada e sabia provocar qualquer um que se insinuasse a conquistá-la. Portanto, faceira e ao mesmo tempo difícil, enfim, como a maioria das mulheres, um mistério. E que mistério!
Ninguém sabia dizer qual de nós, seus colegas de trabalho, 'babava' mais quando ela se aproximava para pedir um favor. N maioria das vezes percebia-se que ela levava tudo na esportiva, na brincadeira mesmo e por isso não dava esperança a nenhum de nós. Tudo bem. O tempo foi passando até que chegou o final de ano. Programamos uma festinha caseira, isto é, no interior mesmo da agência, é óbvio, após o expediente. Afinal de contas, num ambiente festivo assim, após uma caipirinha aqui, outra bebidinha ali, aos poucos até a pessoa mais tímida começava a se soltar um pouco. O certo ou errado foi que, já na metade da festinha os pares já estavam quase todos formados. Ou por causa do efeito etílico ou mesmo só para tirar uma onda, cada um ia se ajeitando e dando beijo e amasso, sorrateiramente.
Uma dança aqui, uma conversa ali, o certo é que neste ínterim quem se saiu bem, pelo menos no começo, foi o nosso colega Rui, o qual tirou a sorte grande ao se recolher com a Márcia, aquela garota gostosa mencionada no início desta história. Entre beijos e afagos ousados os dois ficaram num local reservado, enquanto rolava a festinha. Só que a deles não demorou muito, porque o 'tiro saiu pela culatra'. Por aquela situação vexatória o nosso nobre colega não esperava. Talvez porque não esperasse que aquela jovem cheirosa, gostosa, desejada por todos, estivesse ali em seus braços e praticamente se entregando como se murmurasse: "vem, me pega, faça o que quiser com o meu corpo, sou toda tua". E talvez, imaginando isso,eis que a libido do rapaz provocou uma onda incontrolável de prazer repentino, ejetando-lhe uma traiçoeira ejaculação precoce. A sua calça nova, pelo menos por enquanto, já era. Ele, apesar do azar daquela situação, teve ao mesmo tempo sorte daquela agência postal ficar no interior de um shopping center. Portanto, não foi nada difícil pedir um favor ao seu melhor amigo para comprar outra calça. Neste meio termo, é óbvio, a Márcia fingiu que não estava entendendo nada daquilo. Bondade dela! Afinal, ela pode não ter tido culpa naquele vexame, mas que deu um empurrãozinho ninguém tinha a menor dúvida que deu. Só não deu mais talvez porque o seu parceiro paquerador não aguentou no tranco e deixou para outra oportunidade, o que evidentemente não iria faltar.
Só para finalizar, o que é engraçado, se é que tem graça nesta história, é que depois que a poeira abaixou com relação à esta precipitação prazerosa, literalmente, do nosso colega Rui, o dito cujo conseguiu cativar a linda Márcia e os dois selaram um namoro firme até chegar ao casamento. Só que este demorou um pouco e só foi consumado quando ambos já não eram mais funcionários dos Correios.Se foram "felizes para sempre" isto ninguém ficou sabendo, mas que tiveram bastante tempo mais do que suficiente para uma transa tranquila e sem ejaculação precoce, isto não se teve a menor dúvida.
Joboscan de Araújo