BRINCANDO DE MÉDICO
A confusão está formada, de um lado os médicos brasileiros e alguns organismos de controle do exercício da medicina. E de outro lado, o governo, que contratou e trouxe médicos de outros países, nem vou nomear os países porque posso incorrer em erro. Mas ao que parece, não tem jeito, vão trabalhar mesmo por aqui.
Há quem diga que isso é apenas mais um daqueles truques de marketing político, onde o governo diz que não aceita mais o sofrimento do povo e por isso foi buscar longe os profissionais para suprir a demanda que sempre deixou a desejar no nosso Brasil. Há também os que dizem que de fato o governo quer resolver, que já chega de sofrimento do povo com a falta do profissional.
Para nós, simples mortais, acompanhamos tudo pelos meios de comunicação e esperando para ver ao final quem vai ganhar nesse cabo de guerra. Só sei de uma coisa, quem sempre se ferra, desculpe o termo, é o povo, que não tem um atendimento digno de saúde por vários motivos, não somente pela falta do profissional, mas pelas inúmeras falcatruas que acontecem no sistema.
A mídia encomendada, aquela que defende os novos contratados faz de tudo para justificar a necessidade dos profissionais estrangeiros, noticia tudo o que é bom, declarações de amor ao ser humano, os gestos de humanidade, a vontade de viver no Brasil e por aí vai. Vi e por isso senti vontade de escrever, a imagem dos futuros profissionais em uma espécie de sala de aula, segundo a reportagem estavam aprendendo português para logo começarem o atendimento nos postos de saúde.
Tenho minhas dúvidas se conseguirão em tão pouco tempo aprenderem primeiro o idioma português e depois os termos técnicos utilizados na medicina em português. Meu deus, espero não ser atendido por um desses, e explico meu receio. No início da década de 2000 minha filha número um, serviu de intérprete nessas caravanas da bondade de uma igreja que trazia médicos do exterior para ajudar nos rincões da Amazônia, e numa dessas vezes minha filha me liga querendo descobrir o que uma certa senhora queria dizer: “pai, ela está dizendo que está com uma dor na pente!!!” minha filha e o médico estavam há alguns minutos sem entender, daí expliquei: minha filha, ela está com dor no apêndice. Minha filha e o médico puderam socorrê-la, mas claro que depois não contiveram o riso.
Agora imaginem nesse volume de contratados e doentes pelo Brasil afora, os dialetos regionais, as formas de falar sobre determinado assunto, eu pergunto a você que está lendo, será que vai ter muita confusão? Já imaginou as diferenças e formas de falar de norte a sul? E se forem para o interior a coisa vai ficar muito pior, principalmente se não tiver de fato alguém que domine os dois idiomas e os termos técnicos da medicina.
Espero que esses senhores e senhoras médicos consigam salvar muita gente, que de fato possam exercer seus ofícios com dignidade e que tenham muita calma ao lidar com esse povo sofrido do nosso Brasil, que não tem direito a saúde, educação e moradia, mas têm estádios em abundância para ver homens correndo atrás de bolas. Tomara que os governantes não estejam apenas brincando de médico.
A confusão está formada, de um lado os médicos brasileiros e alguns organismos de controle do exercício da medicina. E de outro lado, o governo, que contratou e trouxe médicos de outros países, nem vou nomear os países porque posso incorrer em erro. Mas ao que parece, não tem jeito, vão trabalhar mesmo por aqui.
Há quem diga que isso é apenas mais um daqueles truques de marketing político, onde o governo diz que não aceita mais o sofrimento do povo e por isso foi buscar longe os profissionais para suprir a demanda que sempre deixou a desejar no nosso Brasil. Há também os que dizem que de fato o governo quer resolver, que já chega de sofrimento do povo com a falta do profissional.
Para nós, simples mortais, acompanhamos tudo pelos meios de comunicação e esperando para ver ao final quem vai ganhar nesse cabo de guerra. Só sei de uma coisa, quem sempre se ferra, desculpe o termo, é o povo, que não tem um atendimento digno de saúde por vários motivos, não somente pela falta do profissional, mas pelas inúmeras falcatruas que acontecem no sistema.
A mídia encomendada, aquela que defende os novos contratados faz de tudo para justificar a necessidade dos profissionais estrangeiros, noticia tudo o que é bom, declarações de amor ao ser humano, os gestos de humanidade, a vontade de viver no Brasil e por aí vai. Vi e por isso senti vontade de escrever, a imagem dos futuros profissionais em uma espécie de sala de aula, segundo a reportagem estavam aprendendo português para logo começarem o atendimento nos postos de saúde.
Tenho minhas dúvidas se conseguirão em tão pouco tempo aprenderem primeiro o idioma português e depois os termos técnicos utilizados na medicina em português. Meu deus, espero não ser atendido por um desses, e explico meu receio. No início da década de 2000 minha filha número um, serviu de intérprete nessas caravanas da bondade de uma igreja que trazia médicos do exterior para ajudar nos rincões da Amazônia, e numa dessas vezes minha filha me liga querendo descobrir o que uma certa senhora queria dizer: “pai, ela está dizendo que está com uma dor na pente!!!” minha filha e o médico estavam há alguns minutos sem entender, daí expliquei: minha filha, ela está com dor no apêndice. Minha filha e o médico puderam socorrê-la, mas claro que depois não contiveram o riso.
Agora imaginem nesse volume de contratados e doentes pelo Brasil afora, os dialetos regionais, as formas de falar sobre determinado assunto, eu pergunto a você que está lendo, será que vai ter muita confusão? Já imaginou as diferenças e formas de falar de norte a sul? E se forem para o interior a coisa vai ficar muito pior, principalmente se não tiver de fato alguém que domine os dois idiomas e os termos técnicos da medicina.
Espero que esses senhores e senhoras médicos consigam salvar muita gente, que de fato possam exercer seus ofícios com dignidade e que tenham muita calma ao lidar com esse povo sofrido do nosso Brasil, que não tem direito a saúde, educação e moradia, mas têm estádios em abundância para ver homens correndo atrás de bolas. Tomara que os governantes não estejam apenas brincando de médico.