Pessoas Tóxicas

Existe um livro exatamente com este título: Pessoas Tóxicas.

Certa vez, ao adentrar numa livraria, deparei-me com o referido livro. Como o título muito me impactou, tratei de manuseá-lo, afinal fiquei curiosa para saber o que o escritor queria dizer acerca dessa classe de pessoas e suas pessoais considerações sobre o tema.

Para ele, pessoas tóxicas são as mau humoradas, difíceis, intrigadas do mundo, perniciosas, envoltas num manto de discórdias, fofocagens, maledicências, sempre armadas, na defensiva, transbordando ódio, línguas ferinas, cheias de rapinas interiores e outros males que muita gente insiste em carregar em seus 'pertences'.

Eis um grande desafio cotidiano, o fato de lidarmos diariamente com pessoas tóxicas. É, lidamos rotineiramente com essa gama de pessoas que, infelizmente são dotadas de um negativismo ímpar, sem igual, e que não se preocupam nem almejam mudar de atitude. Estão sempre de mal com a vida, não sorriem, não se desprendem, e, nesse mundinho apático particular, pensam que vivem, quando na verdade, simplesmente vegetam. O submundo gélido da insensatez faz com que trilhem rotas tormentosas, solitárias e vazias.

Deve ser muito ruim a sensação que experimentam...

Livra-nos desse mal, Senhor!

Esses dias, conversando com uma amiga, disse: Mantenha-se imune, isenta do mau humor. Faça uso constante de uma armadura em seus lombos para que você não seja atingida com golpes e lances certeiros que possam bater exatamente em seu órgão mais propenso a receber estas cargas: seu coração! Lembre-se sempre que para haver amor tem que haver humor.

Muitos relacionamentos estão dilacerados, fragmentados, partidos, devido ao mau humor que prevalece no seio da família. As pessoas perderam o senso de humor e daí, é lógico: o amor se esvai...

O amores hodiernos são tão invasivos, tão intensos e tão grudentos que por vezes, um dos parceiros quer apenas mais liberdade, mais espaço...

Sou uma admiradora da humanidade e percebo o quanto os namoros modernos estão baseados num ato de pura dominação! Que feio! O namoro é tão intenso, tão voraz que logo se acaba, degenera!

Sei lá! Talvez uma fórmula que tem garantido a estabilidade em meu matrimônio seja a conversa franca, diária, sem estresse nem cobranças, e principalmente o respeito com a individualidade do outro.

Cada um no seu quadrado.

Por exemplo, eu gosto muito de ler. Tenho meu 'oráculo' de leitura.

Já meu maridão ama futebol, seriados, jogos interativos. Desta forma, é justo e razoável que ele tenha um lugar reservado no âmbito familiar para desfrutar seus momentos de lazer e entretenimento.

Já minha filha, ama 'uma tal' de internet e facebook, ela também tem seu espaço para curtir o que mais lhes agrada e atrai.

No entanto, mesmo cada um cuidado de fazer as coisas que mais lhes dá prazer, não perdemos o vínculo de afetividade que nos une. Conversamos muito, gastamos tempo uns com os outros e assim vamos levando nossa vida, de forma simples, muito simples, mas também muito plena e alicerçada em bases sólidas com a ajuda divina de Deus que é o mais importante.

Assim, cada membro está unido pelo vínculo fraternal que prospera e lidera no ambiente familiar, no entanto, cada um faz o que gosta e ninguém fica de cara amarrada por isto.

Simples assim!

As pessoas não gastam mais tempo com as outras, quase não se falam, e quando fazem isto, muitas vezes é por meio virtual. Odeio isto.

Estar conectado (dizem eles) é o máximo!

A conversa olho no olho está cada vez mais escassa, mais remota, mais esporádica. Foi-se o tempo de pararmos para ouvir o que nosso semelhante quer dizer.

Resultado disto? Consultórios de analistas, psicólogos, psicoterapeutas e psiquiatras superlotados! Pois é, as pessoas do mundo globalizado, têm que pagar para serem ouvidas!

Isto é muito comum e sei bem do que estou falando, vez que há diversas matérias que corroboram com minha afirmativa nesta crônica.

Uma lástima!

Com essa leva de gente infeliz, solitária, gélida e mau humorada, surgem as pessoas denominadas tóxicas. Gente que não é interessante ficar ao seu lado, gente que emana chatice em seus atos, gestos e palavras.

Você me pergunta: que fazer, Fátima? Ora, fazer o que ninguém faz: Chamá-la para uma conversa olho a olho e nesse papo deixar patente que ela tornou-se uma pessoa tóxica, mas que, se quiser, pode haver cura.

Feito isto, é notório que essa criatura irá levantar, sacodir o pó da ferrugem, respirar fundo e prosseguir.

É só ensinar. É só mostrar o caminho, a rota, a direção, afinal ninguém é limitado a ponto de não querer mudar e pra melhor!

Sempre!

Contos e Encantos
Enviado por Contos e Encantos em 25/08/2013
Código do texto: T4451147
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