Enquanto isso, no Caldeirão do Inferno...
Existem pessoas que confundem antiguidade com velharia, que (pasmem) acham que Legião Urbana é coisa de gente velha, que acham que funk é isso que se rebola e se usa como preliminar para o sexo, que acreditam que pessoas, que como eu, não sabiam até a semana passada o que era um quadradinho de oito é ultrapassada, desatualizada etc. Confesso que fiquei muito curiosa, matematicamente falando, sobre o tal quadradinho de oito, e fui pesquisar vídeos e letras, mas minha pseudo- teoria acerca do “quadradinho” caiu por terra quando me deparei com uma menina de pernas cruzadas em x e de cabeça para baixo rebolando. Tudo bem, nota dez para a criatividade da coreografia, mas convenhamos que de “quadradinho” não tem nada.
Não quero aqui fazer apologia ao moralismo, afinal o livre arbítrio existe e as pessoas têm o direito de usar a parte do corpo que bem entenderem para se sobressair aos demais, têm o direito de ouvirem a música que quiserem e de dançar do jeito que quiserem, mas acredito que precisam, e por que não dizer, têm a obrigação de entender a lei da gravidade. A bunda cai, os peitos caem, o que sobra de uma mulher é o que ela sabe e o que ela tem para deixar como legado para alguém, sua inteligência e perspicácia. Não é necessário ser inteligente para fazer um “quadradinho de oito”, basta ser flexível, entre quatro paredes é até gostoso.
Eu aprendi que quadrados têm quatro lados e que música boa deve tocar a nossa alma, mexer com o nosso cérebro, não com nossa bunda, mas enfim, o que esperar de uma juventude alienada que, quando questionada sobre o que é cultura, diz que é um canal de TV?
Conselho a eles: Continuem assim mesmo, é exatamente disso que o Brasil precisa, de pessoas que não sabem o que é futilidade, inutilidade, ou cultura, que saem pras ruas pra protestar sem nem ao menos saber o motivo dos protestos, só pra dizer: “eu fui”, “ eu tomei borrachada da polícia”, ou que acreditam que reunião de amigos é baile funk , carreirinha, balinha, fumaça e brisa, que igualam no mesmo patamar sexo e necessidades fisiológicas básicas, ou entendem tesão e amor da mesma forma. Que acham que a escola é uma extensão de casa na qual se pode jogar lixo no chão e tratar as pessoas como empregadas, e que estudar é fazer cópia e frequentar a escola para não perder o benefício do governo, que acham que o professor ganha a vida sentado e que não trabalha, só leciona. Parabéns!