GETULIO VARGAS PAI DOS POBRES

"Trabalhadores do Brasil!...”, era assim que o bom velhinho Getúlio Vargas, gaúcho de São Borja/RS, onde nasceu aos 19/4/1882, iniciava seus discursos ao povo brasileiro.

Presidente da República de 03/11/1930 a 29/10/1945, Getulio Vargas , chamado de “pai dos pobres”, era idolatrado pelos trabalhadores nos quatro cantos do país, aos quais defendeu e garantiu direitos trabalhistas através da CLT - CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, criando a carteira profissional, o salário-mínimo, as férias remuneradas a cada ano trabalhado, a estabilidade no emprego após dez anos numa empresa e uma série de outras medidas protetoras da mão de obra nacional.

Foi um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1930 e daí até 1934 governou o país como “Chefe do Governo Provisório”; de 1937 a 1945 governou como “Presidente Ditador”, enquanto durou o chamado “Estado Novo” implantado por um golpe de estado, segundo dados pesquisados no “Google” – “Wikipédia”. Já de 31/01/1951 até 24/8/1954 foi “Presidente da República” eleito pelo voto direto, quando se suicidou com um tiro no coração, por volta das 7,30 horas da manhã, sozinho em seu quarto no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, provocando enorme comoção nacional.

Getulio Vargas é considerado, até hoje, como o mais importante presidente da história brasileira e sua herança política nos legou dois partidos, o PTB e o PDT. Foi ele também que implantou a CSN (Cia. Siderúrgica Nacional), fundou a PETROBRÁS, a ELETROBRÁS, a CHESF, abriu estradas e iniciou a interiorização do nosso país, partindo das capitais e cidades do sul e sudeste para a região central do Brasil.

Líder nato, homem de visão, estadista, o Presidente Vargas deixou uma carta-testamento que diz, conforme alguns trechos:- “Deixo à sanha dos meus inimigos o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e, principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia”. “Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque exploravam, impiedosamente, os pobres e os humildes. Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos. Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus. Agradeço aos que de perto ou de longe me trouxeram o conforto de sua amizade. A resposta do povo virá mais tarde”. E a frase lapidar que encerra sua famosa carta-testamento:- “Saio da vida para entrar na história”.

Em agosto de 1954 eu tinha apenas 15 anos, era aluno do curso ginasial do Colégio Municipal de Belo Horizonte/MG e, logo no início das aulas do dia 24/08, fomos dispensados, ao sair a notícia radiofônica da infausta tragédia da morte do presidente Vargas. Fui para casa com a triste sensação de que tínhamos ficado órfãos.

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B.Hte., 24/08/13

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 24/08/2013
Reeditado em 25/08/2013
Código do texto: T4450262
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