Made in Cuba
Quase toda novidade causa aversão inicial. A aversão à vinda de médicos estrangeiros para suprir o serviço público de saúde também me inquietou. Não porque “onde existe governo eu seja contra”. Na idade em que estou dispenso estar certa e em alguns casos quero mesmo é perder a razão.
Como militante de internet, às vezes me deixo influenciar por uma ou duas opiniões, no limite da minha ignorância. Quando necessitei do serviço público de saúde, há mais de vinte anos, fui muito bem atendida. Depois, sempre utilizei serviço de saúde conveniado pela empresa e particular para oftalmologia.
Final de julho, estava afônica por motivo de gripe, quando recorri ao serviço conveniado. Ainda com voz consegui me expressar e mostrar minha preocupação com a necessidade de repouso vocal, uma vez que trabalho oito horas falando, falando, falando. Receitinha à parte, fui informada que somente seria fornecido atestado se eu estivesse totalmente sem voz. Temperatura quase zero, fui ao trabalho, falei, falei, falei. Perdi totalmente a voz, mas não tinha como consultar novamente, pois desconheço a linguagem dos sinais. Vou me inscrever no próximo curso de LIBRAS. Dizem que é excelente para o cérebro aprender coisas novas.
Com a baixa imunidade, já na segunda semana de agosto, fui acometida de conjuntivite, sempre acompanhada da tradicional gripe de inverno. No consultório, mal tirei os óculos de sol, a médica me prescreveu colírio e repouso por três dias. Falei da ineficácia da medicação anterior para a gripe. Se ela ouviu, fez ouvidos moucos, louca para me ver longe dali. Vim para casa e preparei canja para a convalescênça.
Esta semana, a gripe se pronunciou na forma de tosse seca, com a devida de dor de cabeça. Para completar, ressurgiu lá da adolescência sintomas de asma. Nova tentativa de pedido de repouso para evitar o agravamento da “peste”, como se diz por aqui, pois qualquer avó dedicada sabe que gripe se cura com líquidos e repouso. Após a tradicional receitinha, desta vez com prescrição de antibiótico, ouvi o seguinte esclarecimento: “temos ordem para fornecer atestado somente quando o quadro for grave”. Não podendo falar muito, em razão da tosse, apenas pensei: “Ok, você venceu, amanhã volto com o tubo de oxigênio!”
Diz o ditado que no dos outros é refresco. Aquela simpatia inicial pelo repúdio aos importados sumiu como para quem toma certo comprimido. Quando o serviço médico se limita a prescrição de medicamentos e a cumprir ordens aleatoriamente, sem reconhecer o indivíduo, qualquer médico credenciado pode servir. Até mesmo os “made in Cuba” que, ao que parece, estão sobrando lá terra do empalhado Fidel. Assim, enviei nota para o Conselho Regional de Medicina, em apoio aos nossos médicos quanto a outros desmandos governamentais, que cada vez mais limitam o pensamento, informando sobre o tratamento mecânico prestado pelo serviço de saúde a que sou conveniada.
Quase toda novidade causa aversão inicial. A aversão à vinda de médicos estrangeiros para suprir o serviço público de saúde também me inquietou. Não porque “onde existe governo eu seja contra”. Na idade em que estou dispenso estar certa e em alguns casos quero mesmo é perder a razão.
Como militante de internet, às vezes me deixo influenciar por uma ou duas opiniões, no limite da minha ignorância. Quando necessitei do serviço público de saúde, há mais de vinte anos, fui muito bem atendida. Depois, sempre utilizei serviço de saúde conveniado pela empresa e particular para oftalmologia.
Final de julho, estava afônica por motivo de gripe, quando recorri ao serviço conveniado. Ainda com voz consegui me expressar e mostrar minha preocupação com a necessidade de repouso vocal, uma vez que trabalho oito horas falando, falando, falando. Receitinha à parte, fui informada que somente seria fornecido atestado se eu estivesse totalmente sem voz. Temperatura quase zero, fui ao trabalho, falei, falei, falei. Perdi totalmente a voz, mas não tinha como consultar novamente, pois desconheço a linguagem dos sinais. Vou me inscrever no próximo curso de LIBRAS. Dizem que é excelente para o cérebro aprender coisas novas.
Com a baixa imunidade, já na segunda semana de agosto, fui acometida de conjuntivite, sempre acompanhada da tradicional gripe de inverno. No consultório, mal tirei os óculos de sol, a médica me prescreveu colírio e repouso por três dias. Falei da ineficácia da medicação anterior para a gripe. Se ela ouviu, fez ouvidos moucos, louca para me ver longe dali. Vim para casa e preparei canja para a convalescênça.
Esta semana, a gripe se pronunciou na forma de tosse seca, com a devida de dor de cabeça. Para completar, ressurgiu lá da adolescência sintomas de asma. Nova tentativa de pedido de repouso para evitar o agravamento da “peste”, como se diz por aqui, pois qualquer avó dedicada sabe que gripe se cura com líquidos e repouso. Após a tradicional receitinha, desta vez com prescrição de antibiótico, ouvi o seguinte esclarecimento: “temos ordem para fornecer atestado somente quando o quadro for grave”. Não podendo falar muito, em razão da tosse, apenas pensei: “Ok, você venceu, amanhã volto com o tubo de oxigênio!”
Diz o ditado que no dos outros é refresco. Aquela simpatia inicial pelo repúdio aos importados sumiu como para quem toma certo comprimido. Quando o serviço médico se limita a prescrição de medicamentos e a cumprir ordens aleatoriamente, sem reconhecer o indivíduo, qualquer médico credenciado pode servir. Até mesmo os “made in Cuba” que, ao que parece, estão sobrando lá terra do empalhado Fidel. Assim, enviei nota para o Conselho Regional de Medicina, em apoio aos nossos médicos quanto a outros desmandos governamentais, que cada vez mais limitam o pensamento, informando sobre o tratamento mecânico prestado pelo serviço de saúde a que sou conveniada.