MÉRITO EM ESCREVER.

Não importa onde se escreve, melhor dizendo, não importa a comunicação da mensagem, sob aspecto de seu veículo, mas a própria mensagem, seu conteúdo.

Assim, nada de importante há em ser o livro escrito formalmente, físico, manuseável, o que dá imenso gosto, podendo ser riscado, anotado, lembrado do que se gosta em anotação nas folhas em branco ao final, interrogado em suas afirmações, com sinal interrogativo ao lado, componente com suas lombadas bonitas de uma estante, etc.

Reafirme-se que embora todas estas vantagens tenha o livro físico, que existe no mundo material, a mensagem da virtualidade, que nunca oferecerá estas vantagens, pode-se dizer, faculdades, também tem seu valor intrínseco.

Não seria demais dizer, que sob esse tema das vantagens, sonegadas pelo livro virtual para estudo e escola pessoal, a virtualidade como livro se presta mais à poesia, sempre solta de questionamentos e estruturas acadêmicas, por já estar mais do que qualquer ato de escrever no mundo da virtualidade, no imaginário.

Mas voltemos ao vestíbulo, o solilóquio, a porta principal do que pensei para dizer.

A mensagem para ter mérito, ser conhecida, de nada precisa além da força que carrega. Sem força nenhum veículo a fará conhecida, nem físico nem virtual.

CRISTO NADA ESCREVEU, SÓ ORALMENTE TRANSMITIU SUA MENSAGEM.

SÓCRATES, SEM COMPARÁ-LO AO CRISTO, NADA ESCREVEU, SÓ FOI CONHECIDO ATRAVÉS DE PLATÃO, SEU MAIS APLICADO ALUNO, E OUTROS.

Não passaram mensagens em pergaminhos, só ensinaram oralmente.

NADA MAIS É PRECISO DIZER, SOMENTE QUE CRISTO FOI O PERSONAGEM SOBRE QUEM MAIS SE ESCREVEU, SEM TER ESCRITO UMA SÓ PALAVRA.

Querer ser conhecido é humano, mas como, porquê e onde, e qual a razão maior? Conheço pessoas com essa aspiração, umas normais, dentro da contenção razoável, outras levando um forte traço de ego inflado. É preciso cuidado com essas aspirações, somos mais uma pequenina folha da grande árvore do cosmos que não amarelece sem o consentimento de toda a árvore.Um dia amarelecerá e nunca mais será lembrada diante da inexorabilidade do tempo, com raríssimas exceções.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/08/2013
Reeditado em 23/08/2013
Código do texto: T4448284
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