Solidão: cruel!
Às vezes eu te quero; às vezes não. Às vezes, apago essa imagem. Olho pra frente, e sigo em frente. Esqueço você. Você não me conhece. Você não sabe nada de mim. Aliás, ultimamente, 'nada' tem sido uma palavra forte. A banalização está aí; virou doença que acomete muita gente. Eu, neste mundo, disputadissimo, sou apenas mais um. Às vezes, nem isso. Às vezes, um nada mesmo. Neste mundo, a solidão é minha companhia. Não vou regredir. Não vou chorar melancolicamente. Não. Nao vou ser duro. A vida não merece isso. A vida é gente boa. É triste, mas é assim. Não é opinião. Não é debate. Não é religião. Não é, da minha região. Nem do país. É assim, aqui, lá, onde existe gente, a coisa verdadeira começa e termina na solidão. É uma companhia. Quem disse que é uma bela companhia, está doido. Porque de bela, a solidão não tem nada. Ao contrário, a solidão é cruel. É como a cobra que engole a vaca. Mata pra sobreviver. Assim, é a solidão: às vezes, é somente, tudo! a minha sobrevivência!