O ABRAÇO.
Não há nenhuma dúvida que o abraço é o maior veículo transmissor de energia. Faz do gesto o combustível do sentimento que envolve e conforta.
Por que se denomina amplexo? Por tornar-se a amplitude que envolve o plexo. Plexo solar é o centro irradiador do calor interior do corpo, local onde se desenvolvem como fonte os sentimentos mais nobres.
O fogo, um dos elementos basilares da existência do planeta, vivifica de forma diversa o interior humano, mas é fogo que instala a chama do que há de mais belo, a ternura, a caridade, a solidariedade, o conforto.
Uma energia destacada movimenta esse calor singular, o calor da alma que se transmite pelo pensamento e incendeia os braços e o corpo no plexo pelo abraço.
Neste centro propaga-se a vida da excelência em sentir, da amizade incondicional.
Um beijo na face é saudação, na testa reverência e respeito, na boca o sinal do desejo.
O abraço é a leveza do ser que se externa na pureza da vontade.
Tenho o abraço de meus filhos, grandeza e amor, inimaginável unidade de vidas, da minha mulher, compreensão, cumplicidade e amor que rastreia enlevo e paixão, das minhas netas, glória suprema de tê-las como maior razão de vida no agora.
Da segunda neta o calor de seu corpinho meigo que me dá alegria de viver estes momentos, no abraço que supera as barreiras do tempo, escalada da múltipla felicidade, da primeira neta o mágico abraço que se manifesta quando ao apanhá-la no colégio corre para o abraço apertado em volta de meu pescoço e depois escala meu tórax até quase ficar em pé em meus ombros, a suprema conquista em me sentir o mais feliz dos homens, aquele que privilegiado por Deus, protegido pela Santa Virgem mãe do Cristo, pode viver esses diários momentos.
Obrigado ao abraço e ao braço que se estende. Obrigado quando o braço é meu sangue e minha vida. Obrigado por poder ser abraço a quem dele precisa. Obrigado pelo abraço da alegria que não contraria o abraço que se dá pela tristeza.