nupcial
O arranjo central era uma taça altíssima, onde sufoca – ainda agora – uma rosa branca, suando de bafo na transparência. Por cima de tudo, um buquê tradicional, com todos os tipos de flores também brancas. Por trás, à luz das velas, o bonito infalível desmentia isso de que os olhares fugazes são conversas entre almas velhas conhecidas. Pois chegou inédito, sentou, e depois me olhou – de olhos corriqueiros – um olhar que eu tentei sem conseguir desviar – não sabia que isso era permitido. O vinho espumante borbulhava só bem no centro da taça. Estavam todas de batom – as taças. Do mesmo batom breve que eu lhe encostei no quarto de segundo lá fora, enquanto todo o mundo fingia de morto.
Das pessoas que se conhecem em casamentos ao pé da serra.