O “era uma vez” da vida real
Era uma vez...
Uma garota que pensava em mudar o mundo, mas não tinha uma visão abrangente da realidade que se passava dentro dele. A forma que todos a “adestraram” ainda era bem viva. Uma espécie de alienação que desde o princípio da vida se mantinha forte até então. A partir de certo tempo passou a buscar respostas às mais complexas indagações, mas, de forma sutil, era mais uma vez alienada. Em casa, na escola, no trabalho... No clube, na biblioteca, na praça, na política. Em todo lugar. Percebia então que hierarquia andara lado a lado com as mais importantes decisões que se poderia tomar em todos os lugares que frequentava e assim, passou a tentar fazer parte dessa hierarquia. Ora, não era “afilhada” de ninguém, nos aspectos políticos, no trabalho talvez? Não. Pobre, pobre! Vemos que através dos tempos pouco se mudou jovem menina, a grande questão é: será que nosso saber ultrapassa os limites que são impostos pelos poderosos da hierarquia ou há também uma alienação imposta também no que nós dizemos conhecer? Seria hipocrisia de minha parte dizer que sei grandes coisas que acontecem, mas seria de muito mais hipocrisia eu afirmar que somos todos alienados, afinal, nossa alienação pode ter vindo de alguém alienado, que aprendeu a alienar, e com palavras de alto grau culto, pensa que saiu da alienação. Logicamente, essas palavras cultas agem de forma tão impactante que apenas nos resta acatar! Diz o pobre coitado, “Sim senhor”, contudo nem sequer indaga, mesmo tendo uma visão mais ampla, à quem impôs tal ordem se não seria melhor que se faça de outra maneira. Curioso é perceber que com o passar dos tempos tal alienação passa a ser acatada de tal forma que passamos a defendê-la. Ora, como é que hierarquicamente a alienação passa de “tumor” social para a aceitação e, quiçá, à aclamação popular? Simples senhores e senhoras, resumidamente pelo COMODISMO.