Um dia qualquer, sem saber como nem porque somos sacudidos e jogados na roda da vida. Nenhum preparo, nenhum conselho, nenhuma bula, nenhuma recomendação nem ao menos modo de uso.
O que fazer? Abrimos os olhos para a vida de maneira tão natural como se nascer fosse o normal aqui e alhures. Sair do útero tão quentinho, tão aconchegante e encarar a frieza da vida não é uma situação cômoda, mas necessária. O seio materno continuará por um tempo a ser nosso elo, mas logo nos veremos sozinhos para encarar essa selva.
Daí faremos parte de uma família, mais um membro, mais um batalhador a lutar pela vida. Dia à dia mais um aprendizado. Aprendemos a cair, a levantar, a sorrir, a chorar. Aprendemos a sofrer e a amar. Entendemos que nem sempre teremos tudo que queremos, mas continuamos a querer tudo, já que sonhar é possível.
E seguimos sendo engolidos pela roda viva da vida, mastigados pelos seus dentes, ora felizes, ora não. No burburinho diário mal percebemos que partimos de um ponto e o que faremos tão somente é voltar ao ponto de partida.
Fecha-se o elo.