INTELIGÊNCIA E NECESSIDADE.

Todos, por direito natural, inscrito nas regras fundamentais, têm direito de expor suas ideias.

Mas ocorre de não se distinguir o que é singular do plural, a espécie do gênero, a unanimidade e a minoria, a clareza e a obscuridade. Isso com nossa própria pessoa.

Ficar na mudez é básico para não ficar com a nudez do que não somos. São enormes pecados da inteligência que se agacha diante de suas verdades. Discernimento não é culpa, por vezes é equívoco. Erro por falta de condições de convencimento, aparelhamento que falta para entender com maior abrangência a vida e a sociedade, seus fenômenos. Isso aceita-se.

Ser amigo de nós mesmos é reeducar a atenção do espírito. A humildade é ponto de partida. Pergunte ao seu interior quem é você, quem você pensa que é? E veja surpreso como é frágil, como se ilude com seus dons, com sua aparente fortaleza que não existe. Nesse ato confessório faça de suas lágrimas que virão sua remissão, o arrependimento que supera e protagoniza a realidade, e pacifica.

O mundo não sabe se você existe nem saberá, alguns amigos sabem. E a família. Deixe de se achar injustiçado, perseguido, não reconhecido em seus talentos e méritos, nunca festejados pelo povo, pela mídia, pela fama. Você é mais um mortal que deverá viver nos seus limites, e só, se muito.

Levante desse sonho, ninguém está prestando atenção em você, repare, só aquela meia-dúzia que te cerca em todos seus grandes feitos. Há um salvacionismo de infância que te acordando dos traumas, revisados e resolvidos, ainda pode te botar de pé, salvar você desse abismo profundo, acorde.

Quem é você afinal? Nisso reside ser ou não ser amigo de si mesmo.

Sou o que não sou e quis ser (Seria isso? É isso.), filho da pretensão que gerou a paternidade do egoísmo. Com esse perfil ególatra o mundo não me conheceu como pretendi ser e nem como sou. Como sou seria muito (realidade desconhecida, não percebida), mas me fiz um nada por querer ser o que não era nem poderia ser. Paguei por não ser como sou e paguei mais e muito pela soberba que me isolou de mim e do mundo. Pensei e penso que era o que não sou, e não prosperei como pessoa. Entendo agora porque não fui compreendido ainda que sendo um ser. Fui um ser de mentira, um ser que não foi, virei meu rosto para minha identidade, esqueci que sendo o que era já era, e muito, era filho de Deus, descendente de David e Cristo. Não achei minha identidade em tempo de ser pessoa integral. AINDA HÁ TEMPO!!!

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/08/2013
Reeditado em 16/08/2013
Código do texto: T4436930
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