A ESPONTANEIDADE DO PAPA.

Li alguma coisa sobre a espontaneidade do Papa, que ele teria frases feitas para impressionar.

Pergunto: quando alguém congrega em torno de si milhares de pessoas para ouvi-lo, quando poderosos reverenciam esse simbolismo em dizer e absorvem com solenidade sua sabedoria, necessitaria esse ser fazer ou elaborar frases feitas? Só a mais desmedida falta de sensibilidade e ausência de função apreensiva, que caminha "pela rama", superficialmente, quando pensa ser profunda, pode externar tão boto conceito.

Nenhuma liderança desse estirpe, até em razão de estar muitos passos na frente da experiência geral, até mesmo por exercer a espiritualidade máxima, por destino e vocação, precisa armar padrões, se tornar um "frasista".

Vi o Papa quando ia falar para a juventude abandonar um arrazoado lançado em calhamaço de papel e dizer aos jovens: ia ler essas reflexões alongadas que fiz para vocês, mas seria enfadonho, perguntem o que quiserem e vamos dialogar. E deu uma aula de sabedoria com sua encantadora serenidade iluminada. Isso é espontaneidade.

Que não se confunda a infantilidade de tais conceitos emitidos, por vivê-los, e só por isso se entende, "frases armadas" e tolas, para impressionar, com a envergadura de um Homem de virtudes máximas.

É nessas horas que o silêncio deve ser sepulcral.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/08/2013
Reeditado em 14/08/2013
Código do texto: T4433285
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