Manifesto pela honra masculina

Mulheres, entendam de uma vez. Não é de propósito, apenas é imprevisível como o mijo vai sair, logo, não podemos evitar molhar a tábua da privada. Muitas vezes, o jato sai bifurcado. Nessas ocasiões, pior do que respingar nas bordas, fazemos verdadeiras poças no chão. Outras vezes, sai pulverizado, como se fosse uma chuva. É um Deus nos acuda. Há ainda os que saem espiralados, nos fazendo literalmente rebolar enquanto mijamos, na tentativa de acertar o vaso.

Vez em quando, só reparamos que erramos a mira quando já molhamos as calças e até mesmo nossos próprios pés... e ficamos ensimesmados, tentando, em vão, esconder que fizemos xixi nas calças. Sem contar a finalização, quando precisamos balançar... como não escaparem gotas para lugares indesejados?

Imaginem a nossa situação, na hora do aperto, quando o alívio deveria ser a sensação do momento, então vem às nossas mentes o olhar de reprovação... Nós ali, sozinhos, de pé, com o tal na mão, sendo tomados pelo medo da censura feminina... Por favor, entendam. Não é de propósito. Para vocês é mais fácil... confortavelmente sentadinhas, com toda a louça da privada protegendo os jatos, pingos e respingos.

Eu sei, vocês vão argumentar: "Mas vocês poderiam, então, mijar sentados também". Ora, isso feriria de morte nossa masculinidade, nossa atleticanidade, nosso orgulho, nossa tradição milenar, tão antiga quanto a nossa própria existência.

Assim, conto, a partir de hoje, com a compreensão das mulheres e com o apoio dos demais nesta cruzada contra o preconceito.

Cordialmente

Raul Rodrigues