(Causo fazendário)

OS CRENTES

Outro dia na cantina no meu trabalho ouvi algumas histórias engraçadas de colegas da Receita Estadual de Minas Gerais. São tantas situações que daria para publicar um livro de "causos fazendários".

Nas superintendências regionais é comum a realização de reuniões itinerantes em unidades fazendárias circunscritas. Certo dia, uma dessas reuniões foi agendada num município próximo da fronteira de Minas com a Bahia.

Como tinha servidor demais, e a estrutura física da unidade fazendária muito modesta, a reunião acabou sendo marcada em uma escola no centro da cidade.

Assim, sob um sol escaldante todos foram a pé em fila indiana seguindo um dos participantes que postava um grande manual de legislação tributária. Cada um mais arrumado que o outro, afinal era uma reunião importante que envolveria questões tributárias. Sapatos novos e camisas novas de manga comprida eram a tônica. Ninguém queria fazer feio. O problema era o calor, insuportável.

No centro, a fila indiana de servidores fazendários ao passar em frente um bar, um cidadão que tomava uma cachaça vendo aquela cena inusitada, comentou com o amigo ao lado que também tomava uma dose da "danada":

- Uai cumpadi, óia lá os crentis indo rezá!

- Eh, cumpadi, e aquele na frente com uma bíblia enorme dibaixo dos braço deve ser o pastor, né!?

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Texto de:

 
Roberto Carlos Morais Santiago
Enviado por Roberto Carlos Morais Santiago em 12/08/2013
Reeditado em 18/04/2014
Código do texto: T4431006
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