FELIZ DIA DOS PAIS

Hoje é um domingo específico! O dia dedicado aos pais, apesar de que para um bom filho, todos os dias, é dos pais e vice versa. Jamais devemos nos esquecer daquele verdadeiro pai: O pai presente e que dá bastante carinho para o seu filho. Estar presente fisicamente não significa estar presente. Às vezes a presença torna-se mais ausência do que a ausência. E às vezes a ausência torna-se mais presente do que a presença. Quando o pai se importa com o filho as distâncias inexistem. O mesmo não acontece com o pai que não se importa com o seu filho, mesmo estando perto, a distância parece um abismo interminável.

Eu posso dizer que sou um filho feliz! Tive sete pais. Um genético e seis genéricos e uma quantidade enorme de pessoas que de certa forma eram um pouquinho de pai para comigo e eu, um pouquinho de filho para com eles.

O meu pai genético foi aquele que só fez o papel de gerar-me juntamente com a minha mãe sem nunca exercer o verdadeiro papel de pai e nem sequer dar uns dez centavos de amor de um pai para filho.

Usei o termo dez centavos justamente porque nas poucas vezes em que me encontrava com ele, após dar a bênção, a única coisa que eu pedia era dez centavos para comprar uma balinha doce e ele nunca tinha. A gente se via muito pouco.

Em contra partida os meus pais genéricos, embora nunca tivessem me colocado no colo, a presença deles foi fundamental para suprir a ausência do meu verdadeiro pai! Querem saber? Inverterei as posições!

O meu pai genético no ponto de vista afetivo não passou de um genérico! Os demais sim, dentro da afetividade, foram para mim pais verdadeiros, cada um dentro da sua peculiaridade. Seu Nelson Araújo,

Seu Adenor, Seu Jaime, Seu Terto ( Esses já partiram) Seu Abel Oliveira e seu Hugo Nogueira, não sei se eles souberam ou não, mas para mim , eles foram os meus verdadeiros pais sem sombras de dúvidas . Sempre estiveram presentes na minha vida.

Na quantidade enorme de pessoas em que eu via um pouquinho de pai neles e um pouquinho de filho em mim, é com relação aos meus amigos e colegas de infância, cujas casas eu frequentava e sempre tive o carinho dos pais de todos eles.

Eu sempre trago na memória, as lembranças de todos esses meus queridos pais!

Do meu pai genético, o último momento e a última imagem dele gravada na minha memória foi através de um momento propiciado por um grande amigo e colega: Anatole França. Ele trabalhava no estabelecimento de um comerciante que por estas coincidências da vida, um dos seus vaqueiros era justamente o meu pai e este grande amigo, descobrindo isso, preparou o encontro entre nós dois. Um bom encontro, mas com um vácuo muito grande na questão da afetividade. Confesso que depois de aproximadamente quatorze anos, naquele 1979, eu voltava a ver o meu pai pela última vez. E o responsável por este último encontro foi o meu amigo e colega Anatole França. Depois disto, meu pai e eu nunca mais nos vimos.

Desejo a todos os pais do mundo, UM FELIZ DIA DOS PAIS