DIA DOS PAIS
Por força das circunstâncias, investi-me de mãepai.
Hoje, ganhei lindos presentes escolares, com desenhos de gravatas, bonés e corações.
Sei que gostariam mesmo de dar as lembrancinhas para o pai, que sabem viver distante, que não lhe conhecem a imagem, que não entendem os porquês. Sei de tudo isto. Mas não reclamam. Há a promessa de que quando ficarem grandes – dez anos, talvez – irão conhecê-lo.
Gosto de cumprir promessas.
Mas, para hoje, numa tentativa de suprir um pouquinho a ausência paterna, jogamos bola. Com os setenta se aproximando, isto não é fácil. Mas joguei. Embora já cansada, aguardei que elas desistissem. Quando a primeira deu o sinal, agradeci.
O bom é que elas não ficam muito tempo em uma atividade. Saíram para brincar de médico, pois uma das bonecas estava doente.
Ufa! Que alívio.
Sentei-me para escrever e deixar o coração serenar.
11.8.13 13h20min