A BONEQUINHA DE LÃ
Sentada ao chão, rodeada de fios de lãs, agulhas, silêncio e concentração, Maria tricotava uma bonequinha.
Primeiro fez cabecinha, bem redondinha. Bordou olhinhos amendoados, claros e expressivos, pensou consigo: “É para ela olhar, mas também conseguir ver tudo ao seu redor, analisar e identificar o belo, o verdadeiro e tudo que vale à pena apreciar.
Depois bordou as orelhas pequenas e pensou: “Não é preciso ter orelhas grandes para ouvir o essencial, espero que ela ouça a voz do bem, a voz de seu coração, a voz de Deus, a voz interior,que saiba distinguir a voz sincera, a voz da compaixão.
Cansada, adormeceu um pouquinho e sonhou com sua linda bonequinha. Acordou e continuou a tarefa de construí-la. Fez então a boca. Linda boca, bordou-a de um rosa cintilante. Então admirou sua obra e pensou: “Que ela fale apenas palavras doces, consoladores, otimistas e nunca use as palavras para diminuir ou ofender, que saiba rezar, recitar poesias, pregar a paz e o amor. Que beije seu primeiro amor, e todos os outros que virão depois.
Então, construiu com a agulha e a linha de bordar um narizinho arrebitadinho e delicado, servirá para cheirar as flores do jardim, frutas da época, doces e perfumes da natureza.
Pois bem, a menina terminou a cabeça, mas faltavam ainda os cabelos. Parou um pouquinho pensativa... a linha que tinha não dava para fazer cabelos compridos e fartos.Então fez duas trancinhas amarelinhas.Amarrou-as com um tope vermelho com restos de fita de cetim. Admirou feliz o resultado. Ficou linda!
Começava então o trabalho para tricotar o pescoçinho. Fê-lo fininho mais firme para sustentar a cabeça. E refletiu um pouco sobre o pescoço de sua bonequinha ainda sem nome: “Que seja forte para nenhum inimigo tentar estrangular ou sufocar a criatividade da minha bonequinha.”
Agora era a vez do tronco e dos braços. Conseguiu elaborar uma silueta elegante, postural, com braços simétricos e bem enquadrados. ”Depois faço um vestidinho de chita, rodado e colorido.”
As pernas, fê-las fortes, bem torneadas e longas: ”Para caminhar na vida com firmeza, certeza, segurança e fé”.
“Os pezinhos pareciam pés de bailarina, pequenos e delicados:” Será que conseguirá correr caso for preciso? Correr pra quê? Ela será bailarina!”
Então, remexeu na caixa de retalhos e separou o retalho mais bonito. Um pedaço de chita com flores coloridas e fundo azul da cor do céu. Fez um lindo vestido, rodado, cheio de babados. Fez também um sapatinho pretinho com restos de lã. Estava pronta a bonequinha, faltava-lhe um nome.
Pensou, pensou, pensou... Adormeceu de tanto pensar em um nome. Enquanto a menina dormia e sonhava com o nome escolhido, eis que surge outra menina, que não apreciava a habilidade e os sonhos de Maria e disfarçadamente começou a puxar um fiozinho solto na boneca de tricô e, sem Maria saber desmanchou a obra de arte.
A bonequinha virou um monte de fios soltos e embaraçados. A menina artista acordou e chorou, chorou, chorou... E entre lágrimas falou: “Agora que eu ia começar a viver, pensar, dançar e amar virei linha novamente, preciso recomeçar a me tricotar.
Primeiro fez cabecinha, bem redondinha. Bordou olhinhos amendoados, claros e expressivos, pensou consigo: “É para ela olhar, mas também conseguir ver tudo ao seu redor, analisar e identificar o belo, o verdadeiro e tudo que vale à pena apreciar.
Depois bordou as orelhas pequenas e pensou: “Não é preciso ter orelhas grandes para ouvir o essencial, espero que ela ouça a voz do bem, a voz de seu coração, a voz de Deus, a voz interior,que saiba distinguir a voz sincera, a voz da compaixão.
Cansada, adormeceu um pouquinho e sonhou com sua linda bonequinha. Acordou e continuou a tarefa de construí-la. Fez então a boca. Linda boca, bordou-a de um rosa cintilante. Então admirou sua obra e pensou: “Que ela fale apenas palavras doces, consoladores, otimistas e nunca use as palavras para diminuir ou ofender, que saiba rezar, recitar poesias, pregar a paz e o amor. Que beije seu primeiro amor, e todos os outros que virão depois.
Então, construiu com a agulha e a linha de bordar um narizinho arrebitadinho e delicado, servirá para cheirar as flores do jardim, frutas da época, doces e perfumes da natureza.
Pois bem, a menina terminou a cabeça, mas faltavam ainda os cabelos. Parou um pouquinho pensativa... a linha que tinha não dava para fazer cabelos compridos e fartos.Então fez duas trancinhas amarelinhas.Amarrou-as com um tope vermelho com restos de fita de cetim. Admirou feliz o resultado. Ficou linda!
Começava então o trabalho para tricotar o pescoçinho. Fê-lo fininho mais firme para sustentar a cabeça. E refletiu um pouco sobre o pescoço de sua bonequinha ainda sem nome: “Que seja forte para nenhum inimigo tentar estrangular ou sufocar a criatividade da minha bonequinha.”
Agora era a vez do tronco e dos braços. Conseguiu elaborar uma silueta elegante, postural, com braços simétricos e bem enquadrados. ”Depois faço um vestidinho de chita, rodado e colorido.”
As pernas, fê-las fortes, bem torneadas e longas: ”Para caminhar na vida com firmeza, certeza, segurança e fé”.
“Os pezinhos pareciam pés de bailarina, pequenos e delicados:” Será que conseguirá correr caso for preciso? Correr pra quê? Ela será bailarina!”
Então, remexeu na caixa de retalhos e separou o retalho mais bonito. Um pedaço de chita com flores coloridas e fundo azul da cor do céu. Fez um lindo vestido, rodado, cheio de babados. Fez também um sapatinho pretinho com restos de lã. Estava pronta a bonequinha, faltava-lhe um nome.
Pensou, pensou, pensou... Adormeceu de tanto pensar em um nome. Enquanto a menina dormia e sonhava com o nome escolhido, eis que surge outra menina, que não apreciava a habilidade e os sonhos de Maria e disfarçadamente começou a puxar um fiozinho solto na boneca de tricô e, sem Maria saber desmanchou a obra de arte.
A bonequinha virou um monte de fios soltos e embaraçados. A menina artista acordou e chorou, chorou, chorou... E entre lágrimas falou: “Agora que eu ia começar a viver, pensar, dançar e amar virei linha novamente, preciso recomeçar a me tricotar.